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Donkey Kong Land 2 e Donkey Kong Land 3 - Virtual Console 3DS

Trilogia completa para a Game Boy.

Com uma nova geração de consolas a conhecer a luz do dia a partir da segunda metade da década de noventa, muitas produtoras e editoras ainda se empenhavam a fundo nos sistemas 16-bit, procurando extrair o potencial das plataformas, materializá-lo em novas experiências e apontar ao maior mercado à sua disposição. A criatividade da Rare premiou nesta fase e antes da passagem para a Nintendo 64 os titulares de uma Super Nintendo, consola que ostenta, na opinião de muitos, alguns dos melhores jogos de sempre, vários editados até na ponta final do seu ciclo de vida.

Mas ao mesmo tempo e conhecendo a profusão do Game Boy no mercado, sobretudo depois do êxito de Donkey Kong Land (lançado em 1995, um ano depois do novo jogo pela Rare para a Super Nintendo), os britânicos desenvolveram mais dois jogos: Donkey Kong Land 2 em 1996 e um ano depois a sequela Donkey Kong Land 3, todos baseados no arco narrativo dos congéneres para a Super Nintendo. Curiosamente, neste período estreava no Japão um título chamado Pokémon, jogo que viria a dar um impulso descomunal às consolas da Nintendo e originar uma das séries mais importantes da companhia de Quioto. Mas isso são contas de outro rosário que deixaremos para outro dia.

Donkey Kong Land 2

Os Kremlings atacam.

Partindo da mesma narrativa de Donkey Kong Land 2 para a Super Nintendo, a Rare optou, nesta versão portátil, por manter sobretudo a fluidez e bom desempenho em termos gráficos, evitando ao máximo pôr em causa a jogabilidade. Para isso foram retirados pormenores e pequenos detalhes, despindo o jogo daquilo que pode ser considerado acessório ou meramente complementar. Por isso, os níveis não são exactamente os mesmos. Embora haja um mapa para cada mundo, com indicação dos níveis percorridos, e a estrutura seja relativamente similar ao modelo desenvolvido para a SNES, os níveis revelam ainda assim uma composição gráfica tendente a favorecer o 2D e 1/2 .

Estando Donkey Kong desaparecido, a missão compete a Diddy e Dixie, ainda que o duo de símios não possa actuar simultaneamente e realizar movimentos de equipa, pois só um deles se encontra em cena. De resto é um jogo que não deixa de brindar o seu portador com inúmeras batalhas contra "bosses", bons níveis de plataformas e uma curva de dificuldade por vezes superável só com alguma paciência. Os animais voltam a cooperar, emprestando especialidades interactivas e os membros da família Kong regressam ao exercício de funções como venda de itens, viagens entre territórios e gravação de jogo.

Donkey Kong Land 3

Kiddy e Dixie, protagonistas no terceiro jogo.

Um ano depois, em 1997, a Nintendo volta a editar mais um cartucho amarelo banana (tal como os anteriores jogos da série) para o GameBoy e novamente compatível com o acessório Super GameBoy que permite jogar os títulos da portátil na Super Nintendo, numa tela televisiva melhor. Comparativamente ao modelo do jogo anterior esta versão tem a vantagem de apresentar níveis inteiramente novos, ainda que baseados nos mesmos da versão para a Super Nintendo. Todas as localizações que fazem parte do original foram transportadas mas adaptadas de modo a caber no pequeno cartucho do Game Boy.

O motor de jogo é o mesmo e voltam a controlar apenas uma personagem, sem possibilidade de jogo de equipa. Outra diferença é a impossibilidade de navegar livremente em cada um dos mapas dos territórios. Ainda assim, são pouco mais de quatro dezenas de níveis recheados de bons detalhes, muito desafiantes e com uma marca característica da produtora, especialmente no que toca ao humor, dando por concluída a trilogia Donkey Kong na portátil 8-bit da Nintendo.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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