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Wario Land 4 - Virtual Console - Análise

À procura do tesouro.

Wario, o antagonista de Super Mario e vilão em Wario Land: Super Mario Land 3, o primeiro jogo da série Wario Land, regressou na quarta edição para a GameBoy Advance com todo um conjunto de novos níveis de plataformas. Depois de ter sido entregue aos embaixadores da Nintendo 3DS (que receberam um conjunto de jogos GBA por terem comprado a consola Nintendo 3DS no lançamento, antes da Nintendo cortar o preço significativamente meses depois), esta aventura do popular anti-herói encontra-se agora disponível na eShop da Nintendo Wii U, juntamente com outros jogos da GameBoy Advance que já militam na Virtual Console.

Os jogos da série Wario Land sempre se distinguiram dos Super Mario Land em vários aspectos. Desde os movimentos especiais da personagem, passando pela narrativa, mundos e até um design muito próprio, genuíno, apesar de centrado na perspectiva tradicional 2D, estes detalhes contribuíram para a formação de uma boa alternativa dos clássicos que tinham Super Mario na capa. De facto, os jogos Wario surpreendem e Wario Land 4 não é excepção, especialmente pela não linearidade da entrada nos mundos, ao permitir que o jogador possa começar por explorar o jogo com alguma margem de liberdade.

O começo de uma nova aventura.

Tendo a Nintendo definido Wario como antagonista de Mario, o design do jogo e toda a panóplia de movimentos da personagem são o resultado da peculiaridade desta. Wario encontra algumas semelhanças com Mario, mas o seu bigode é mais recortado e parecido com um relâmpago. Os seus dentes são maiores e afiados. A sua barriga é maior que as pernas, na boina o M está de pernas para o ar e o riso é jocoso. Contudo, Wario é a estrela dos seus jogos e encontrado neste arrumo de plataformas brinda-nos com uma personalidade deveras peculiar e contagiante. Wario Land 4 parece subverter a lógica dominante de Super Mario Land, sendo claramente uma produção que encontra uma diferente organização, quer em termos de utilização de items, quer no que toca ao design, assim como ao nível dos objectivos.

Daí a entrada numa gigantesca e labiríntica pirâmide, onde todo um tesouro aguarda pelo vilão. Mas para lá chegar, Wario terá que atravessar cada uma das quatro passagens secretas e ainda terá que descobrir a chave que desbloqueia o nível seguinte. Além disso, é exigido que a personagem recolha a respectiva jóia da passagem e active um mecanismo de destruição desse segmento, devendo escapar por um portal quando começar a contagem decrescente para a explosão. Ao princípio este modelo revela-se altamente peculiar e contrastante com o modelo empregue noutros jogos, mas ao mesmo tempo oferece diferentes objectivos e uma possibilidade de começar a explorar qualquer uma das quatro passagens. Se não nos sentirmos confortáveis com um nível, podemos passar para outro. Nestas passagens existem quadros, que começam por ilustrar a temática desenvolvida para esse segmento.

Para tornar a exploração dos níveis ainda mais desafiante, os produtores desenvolveram um vasto catálogo de movimentos. Do salto e ataque como movimentos básicos, até ao lançamento de inimigos pelo ar em várias direcções, lume na roupa para uma corrida desenfreada, quebra de blocos e outras opções, rapidamente somos postos à prova e a experimentar estas acções naturalmente, ainda que nalguns níveis possa não ser tão claro o uso da acção correcta a empreender. O "tutorial" dá uma ajuda mas só funciona uma vez. De resto é interessante verificar como a GBA tendo tão poucos botões consegue albergar esta diversidade de acções sem comprometer fluidez e velocidade de jogo. Igualmente interessante é a capacidade de transformação de Wario num ser semelhante aos inimigos, através de um processo algo similar ao de Kirby. Assim, Wario poderá transformar-se num morcego, numa múmia ou numa bolha saltitante. Com a transformação ganha também poderes especiais e habilidades para defrontar certos oponentes.

O grau de exigência nalgumas batalhas é significativo.

Wario Land 4 oferece ainda algumas opções suplementares, como a trilha sonora, cujas músicas vamos desbloqueando à medida que percorremos os níveis e podemos escutá-las em momento posterior. Mas existem ainda alguns mini-jogos que servem sobretudo para trocar pontos por moedas e com as quais podemos comprar específicos items para a aventura. Nestes mini-jogos, nota-se alguma familiaridade e ligação aos desenvolvimentos em WarioWare. Muito simples e práticos em termos de jogabilidade, o seu design simples e marcador da geração 8-bit, como o jogo de basebol que nos leva a conseguir homeruns estilhaçando o vidro da consola, agrada numa primeira instancia. Embora não proporcione muita diversidade serve pelo menos de escape ao ciclo de níveis de plataformas.

Wario Land 4 deixou-nos boas memórias na GameBoy Advance e passar esta experiência para a Virtual Console da Wii U é uma óptima oportunidade para experimentar acção e plataformas em 2D numa alternativa sólida à produção clássica Super Mario. Wario oferece os seus movimentos peculiares, exibe todo um charme em 2D, e os níveis revelam bom design, assim como um bom desafio, ainda que por vezes seja caótico, especialmente nas batalhas contra os "boss".

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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