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Gravity Badgers - Análise

Texugos à bulha no espaço.

Gravity Badgers é um jogo desenvolvido pela Wales Interactive Ltd. e que depois de passar pelo PC, Mac e IOS, chega à Nintendo Wii U. Tal como o título sugere, estamos perante um jogo que envolve texugos no espaço. O argumento não é um dos pontos mais fortes do jogo mas nem por isso deixa de existir um centro narrativo adequado a centrar os mais de 140 níveis assentes numa jogabilidade que nos é deveras familiar.

A nossa primeira personagem é Captain T Bayback, um texugo corpulento que embarca numa missão espacial para salvar a sua família e os seus amigos da ameaça protagonizada por idênticos seres e conhecida como Hellsett. Embora sobressaia nesta apresentação um design próximo das animações norte-americanas, a história acaba por ter pouco sumo e consistência. Apresentada através de aproximações e afastamentos a certas gravuras do tipo cartoon que reproduzem contextos da acção, digamos que não é a fórmula mais eficaz ou pelo menos não nos parece que nestes moldes crie uma real convicção sobre esta campanha. Face a isto acabamos por deslizar rapidamente para a interacção e começar a perceber melhor o jogo por aí.

Escala planetária.

No capítulo da jogabilidade, uma das primeiras constatações é a imediata recuperação de Angry Birds. Ao tocar na personagem a duas dimensões num ponto no espaço e tendo à sua volta determinados objectos, temos que puxá-la para trás de modo a criarmos uma linha de trajectória, por forma a que, depois de libertada, a personagem descreva uma trajectória de acordo com a previsão que traçamos, progredindo até à meta, um buraco espacial verde. Em cada nível existem 3 orbs, sendo relevante apanhá-las a todas, de modo a consolidar os melhores resultados.

Embora esta mecânica seja simples e altamente influenciada pela jogabilidade de Angry Birds, existem algumas alterações subtis como os planetas que podem afastar ou atrair a personagem, sendo isso visível através de ondas geradas pelo próprio planeta. No caso de um planeta vermelho, ao sobrevoarem-no, é como se a sua camada atmosférica atraísse a nossa personagem, causando um desvio muito significativo na trajectória. De modo inverso, a atmosfera dos planetas azuis empurra a personagem para o exterior. Outra solução inclui tubos e blocos gelados que aprisionam o nosso texugo. Neste caso, para libertar a personagem terão de tocar nela no momento mais oportuno. No fundo é uma mecânica toda muito táctil e que requer perícia e uma dose grande de antecipação/previsão de trajectórias.

Boss fight!

Podemos arriscar até um máximo de três tentativas, antes que vejamos a indicação de "gameover" com regresso ao quadro de opções. Mas a intensidade do desafio sobe assim que entramos em novos capítulos, recorrendo a outras personagens e enfrentando inimigos assim que principiamos uma "boss fight", à beira do fim do capítulo. Todavia o processo de combate não revela grande engenho se estão a pensar em alguma acção ou movimento especiais. Mantendo os mesmos princípios de jogo, somos levados a fugir das criaturas até que o seu indicador de vida fique vazio, como numa luta contra o tempo. Apesar disso, a quantidade de níveis propostos contribui para uma experiência com bastante duração, especialmente se pensarem em concluir os níveis com a maior pontuação.

Em termos de utilização do GamePad, falha significativa para a ausência de som no modo off-Tv, o que é incompreensível se pensarmos que estes jogos fazem parte daquela categoria que não depende necessariamente de um grande ecrã de televisão, estando toda a jogabilidade centrada no ecrã táctil. O design também podia ser melhor. Alguns níveis não oferecem grandes visuais e não há muita riqueza gráfica, embora a fluidez de jogo esteja à altura do desafio.

Gravity Badgers é uma opção simpática se estiverem a pensar numa alternativa a Angry Birds. Se no entanto jogaram este jogo à exaustão, talvez este título não seja o mais adequado a surpreender-vos. No entanto, cumpre satisfatoriamente em termos de jogabilidade e oferece um conteúdo significativo ainda que a fórmula não incorra em grandes transformações, podendo em determinados momentos revelar menor elasticidade.

5 / 10

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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