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Super Mario Kart - Virtual Console - Análise

Warm Up para Mario Kart 8.

Lançado no Japão em Agosto de 1992 e no começo do ano seguinte, na Europa, para a Super Nintendo, Super Mario kart assinala a estreia do famoso canalizador e de personagens ligadas aos jogos da série Super Mario, como Luigi, Bowser, Yoshi Peach, em disputadas corridas de monolugares, os karts. A enorme popularidade do jogo dirigido por Hideki Konno e Sugiyama, com a produção a caber a Miyamoto, convenceu a Nintendo em dar continuidade à produção de mais jogos para as suas plataformas portáteis e domésticas. Desde então, todas as consolas da Nintendo passaram a receber uma evolução da série, sendo a mais recente Mario Kart 7 para a Nintendo 3DS, com a expectativa a repousar agora em Mario Kart 8 para a Wii U.

Não obstante os mais de vinte anos passados, Super Mario Kart é um jogo que passou bem no teste da máquina do tempo. A condução é segura e as pistas são desafiantes. Graficamente é um jogo algo datado por comparação com as posteriores evoluções, mas com muitas cores e um design que permanece bastante atractivo. Além disso, completar tudo não é tarefa fácil. E não é fácil sair como vencedor de uma taça em primeiro, vencendo todas as corridas, porque a variável dos "power ups" (cascas de banana, carapaças) que podem ser obtidos durante uma volta, leva a perdas de tempo dos que seguem na frente e a recuperações dos que seguem atrás. Curiosamente, parte do desafio advém também das armadilhas instaladas em certas pistas, de alguns inimigos que retardam o ritmo e de atropelamentos que nos atiram para as imediações ou, nalguns casos, como na insana Rainbow Road, em direcção ao abismo.

O primeiro a acabar a corrida fica com a bandeira de xadrez.

O que começou por distinguir Mario Kart, face à oferta do mesmo género, foi precisamente a construção de um jogo de corridas, tendo como ponto de partida o Mushroom Kingdom e os seus múltiplos mundos. Personagens, cenários e objectos específicos das plataformas, foram transportados para as corridas, num modelo diferente. Outros jogos da série Mario Kart vieram proporcionar uma personalização dos monolugares, com diferentes "set ups" a possibilitarem vantagens em certos pisos. No entanto, isso não acontece neste jogo, sendo antes a obtenção dos "power ups" e a sua utilização eficaz, o factor diferenciador.

Por outro lado, a perícia na condução não é menos relevante. Conduzir com grande velocidade estes pequenos karts, evitando os obstáculos, atropelamentos, contactos e desvios para fora da pista, é a receita para o sucesso. Divididos por duas categorias (50 cc e 100 cc, os 150 cc só podem ser desbloqueados mediante certas condições), mesmo o arranque dos karts da categoria mais potente não é muito poderoso. Porém, se forem capazes de contornar depressa as curvas, o kart como que embala e, mantendo a rotação mais elevada, possibilita mais velocidade, aumentando também os riscos de um acidente. As pistas são muito diferentes e todas baseadas nos diferentes mundos dos jogos de plataformas de Super Mario. Desde zonas com lama, passando pela praia, espaços verdes e outras pistas inspiradas nas casas fantasma Boo e nos níveis de Bowser onde há lava, é interessante descobrir toda essa transposição de elementos que pontuaram as aventuras do canalizador.

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O tempo por volta a uma destas pistas não é muito grande e não chega a dois minutos, a menos que sejam desviados para zonas adjacentes, retardadoras do ritmo, com perdas de tempo que podem implicar uma passagem pela meta, findas as quatro voltas, abaixo do quarto lugar, o que significa a desclassificação no campeonato. Essa corrida, pode no entanto ser repetida, pois existe um número limite de créditos antes do derradeiro "Game Over".

Luigi a treinar no gelo.

O clássico da SNES ficou ainda marcado pela divisão do ecrã para dois jogadores, mas também para a progressão individual, sendo que na zona superior a perspectiva segue o kart controlado pelo jogador, enquanto que na secção inferior existe um mapa do traçado com as personagens em movimento seguindo a ordem da prova. Super Mario Kart não é um jogo particularmente forte em opções de jogo. Tirando as diversas taças integradas nas diferentes categorias de cilindrada dos karts, há um modo time trial e um modo batalha no qual o jogador enfrenta as outras personagens não numa pista mas numa arena. O objectivo é rebentar os balões dos adversários, para que estes desistam.

Todos estes anos, Super Mario Kart ainda é um título bastante jogável, desafiante e bonito. A popularidade e grande aceitação deste primeiro jogo permitiu à Nintendo continuar a incluir mais opções e variantes em futuras edições da série, até ser hoje um dos poucos jogos de um género arcade cada vez mais raro, do qual é difícil encontrar títulos com semelhante qualidade. É com grande expectativa que se aguarda por Mario Kart 8, mas Super Mario Kart promove um bom "warm up" para estas corridas arcade, frenéticas e desafiantes.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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