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Hearthstone: Heroes of Warcraft - Análise

O jogo de cartas que conquistou o mundo.

Muito antes da agora conhecida "Team 5" da Blizzard ter mostrado o tal projecto secreto em que andava a trabalhar, comentava eu com uns colegas que faltava um bom jogo de cartas digitais no mercado. É verdade que entretanto têm surgido vários, aproveitando também a proliferação das plataformas móveis na mão das pessoas, mas era claramente um espaço por explorar dentro do universo dos videojogos.

Quando Hearthstone foi mostrado na PAX, assistimos a um misto de entusiasmo e desconfiança por parte dos fãs da companhia. Primeiro porque se tratava de um projecto de menores dimensões, e depois porque estava toda a gente à espera de novidades para um sucessor do World of Warvraft. A verdade é que nas semanas e meses seguintes, toda a gente e sua mãe queria experimentar a beta.

Os ccg's (collectible card games) não são jogo de nicho, longe disso. Estou certo que muitos de vocês atravessaram a febre do Magic the Gathering a certa altura, mas este foi só o mais famoso a invadir a cultura Portuguesa, lembro-me de Battletech, Vampire, L5R, depois Pokemòn ou yu gi oh, e mais recentemente os Invizimals. No seu íntimo este tipo de jogos funcionam como séries de decisões interessantes, onde o que é posto à prova é a nossa capacidade de prever cenários antes do oponente, e tomar as escolhas mais acertadas de modo a retirar o máximo valor de cada carta, de cada efeito.

O facto de ser focado numa licença tão forte como Warcraft é uma excelente forma da Blizzard capitalizar os milhões de adeptos que cresceram com os jogos da franquia, fosse com os RTS, ou claro o MMORPG. E se é verdade que Hearthstone é acessível e divertido para qualquer jogador, invocar Grommash Hellscream ou Ragnaros tem um sabor especial para quem conhece bem as personagens representadas.

As arenas em forma de tabuleiro são o primeiro aspecto capaz de captar a atenção dos fãs, para além de possuírem elementos interactivos, em cada tabuleiro podemos fazer coisas como acender uma fogueira, fechar um portão, ou disparar um canhão virtual na direcção do oponente. Estes representam também espaços bastante conhecidos, como são Stormwind, Ogrimmar, stranglethorn vale ou Pandaria.

A acessibilidade é um palavrão insistentemente repetido pela Blizzard como objectivo central de Hearthstone: Heroes of Warcraft, mas a verdade é que rapidamente nos sentimos confortáveis com as mecânicas do jogo, cuja simplicidade se alarga ao funcionamento dos cristais, o recurso automático que utilizamos para invocar as cartas.

"A acessibilidade é um palavrão insistentemente repetido pela Blizzard como objectivo central de Hearthstone."

Ao contrário do Magic por exemplo, existem apenas duas fases, o nosso turno e o turno do oponente. A interacção dos nossos efeitos em turno alheio está limitada aos segredos, mas mesmo aí, tudo que podemos fazer é assistir às acções do outro jogador. É possível atacar, invocar uma criatura, atacar novamente, lançar um feitiço, tudo na ordem que desejarmos até esgotar os cristais.

Outro aspecto que poderá não agradar a todos os fãs do género, é o excessivo peso que o jogo coloca nos chamados RNG (random number generator), por outras palavras, na sorte que a matemática do sistema impõe. A sorte vai sempre ser uma parte importante dos ccg's, quem nunca perdeu um jogo de Magic por não ter terrenos?

Isso é algo incentivado em Hearthstone, com cartas que dão 50% de probabilidade para um efeito acontecer, ou que escolhem aleatoriamente um minion para qualquer coisa, só para dar dois exemplos. Isto torna o jogo menos focado na chamada "skill" ou poder do baralho, mas permite que aconteçam situações absolutamente inacreditáveis ou hilariantes. Mad Bomber, estou a olhar para ti, não sei porque me odeias.

Com o patch que acompanhou o lançamento oficial, chegaram as últimas vagas de animações para as cartas, assim como as partes traseiras alternativas e as versões douradas dos heróis, que tal como os minions, parece que têm vida no interior do retrato. A animação que cada carta oferece a entrar em jogo é deliciosa e torna a experiência ainda mais mágica. Os heróis requerem 500 vitórias no modo ranked para desbloquear a versão dourada, um árduo trabalho que os jogadores terão pela frente.

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Sobre o Autor
Aníbal Gonçalves avatar

Aníbal Gonçalves

Redator

MMOs e RPG são com o Aníbal. Aliás existe um rumor na redação que a sua primeira casa é o World of Warcraft. Mas às vezes também o vemos a fazer uns exercícios. Não é mau de todo.
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