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Wii Party U - Análise

Há festa na sala!

A Ilha GamePad faz parte dos jogos tradicionais de cartão. Aqui os jogadores disputam a ordem de partida em função do resultado ditado pela competição a partir do minijogo. Depois o GamePad circula entre os jogadores de modo a que estes rolem o dado tocando no ecrã do comando. Ao longo do circuito existem desvios e atalhos que encurtam a distância até à meta, mas também existem bloqueios que requerem superação através de certos desafios e quedas de pontes, entre outros imprevistos que retardam a chegada com sucesso à meta.

No final, o modo Festa na TV proporciona um bom alcance em termos de progressão, competição e realização de minijogos, resultando num balanço divertido quanto à utilização dos comandos e passagem do GamePad por todos os jogadores. O modo Festa em Casa é constituído por oito minijogos, nos quais se podem conectar entre dois a quatro jogadores, por períodos de jogo mais curtos por comparação com o modo festa na TV. Aqui as regras divergem significativamente dos jogos anteriores. Muitas vezes a interacção depende dos movimentos e gestos que um jogador terá na interacção com o GamePad. Nalguns jogos pede-se apenas que haja atenção e um processo mental de memorização, o que torna mais tangível a profundidade dada aos comandos.

A meta ainda tão distante.

Apesar disso, há bons momentos e boa parte destes minijogos revelam ideias bem conseguidas, promovendo até um interessante design, como sucede no sempre irresistível Restaurante Mii, onde o jogador que segura o GamePad deve anotar todos os pedidos feitos numa hamburgueria ou cafetaria dos clientes. Depois de feitos e registados os pedidos, o jogador deve distribuir pelos tabuleiros os pedidos, nomeadamente hambúrgueres, batatas fritas, uma coca-cola, um gelado, entre outras opções deliciosamente apresentadas. Se fizermos uma distribuição correcta dos pedidos, os clientes descrevem o serviço com qualidade, sentando-se à mesa para degustarem o menu. É verdade que é um jogo extremamente simples, com pouca profundidade em termos de aproveitamento das funções do GamePad, mas com uma apresentação ímpar.

Em Quem vê Caras o jogador que tem o GamePad tira uma fotografia seguindo uma indicação. Em função do resultado exibido no televisor, os restantes jogadores são convidados a adivinhar que tipo de expressão era aquela. O Hora dos Rabiscos é revestido de uma particularidade fulcral. Dos quatro jogadores que têm um certo tempo para desenhar qualquer coisa a partir de uma instrução que é a mesma para três deles, os jogadores terão que descobrir quem recebeu uma diferente indicação. Na batalha de botões, os jogadores apertam os botões por ordem do instrutor. Se largarem algum botão, perdem. Nos perdidos e achados, os jogadores que não possuem o GamePad devem adivinhar onde se encontra o jogador que o segura, seguindo as suas indicações através do televisor e dos Wii remotes.

Outras opções passam por Uma Questão de carácter, um jogo no qual os jogadores respondem secretamente a questões sobre quem usa o GamePad. No final os resultados podem mostrar revelações interessantes. Em Corrida com Água, tempo para movimentos. Com o GamePad afastado do televisor, os jogadores terão que encher usar os Wii remotes para retirar água do rio (do GamePad) e despejá-la nuns jarros afastados do rio. Não podia faltar o típico número de dança em círculo. Reunidos, em roda sobre o GamePad, os jogadores terão que seguir as instruções dadas através do pequeno ecrã. Há três temas à escolha, entre eles: Tetris e Super Mario Bros. Velha guarda, portanto.

Limonada no final do dia.

Por fim, o modo Festa no GamePad. Neste terceiro grande bloco de minijogos de Wii Party U, o GamePad é o meio primordial de interacção, afastando qualquer ligação com o ecrã do televisor (somente para os intervenientes, os outros podem assistir pelo ecrã da TV), ao mesmo tempo que limita o número de jogadores a dois por partida. Neste modo estamos perante algo bem diferente dos jogos anteriores. Pese embora a simplicidade de algumas regras, quase todos os conceitos geram impacto e uma boa sensação, particularmente os apelativos Percurso de Mesa e Futebol de Mesa. Este último mais parece um jogo de matraquilhos. Um jogador segura numa lateral do GamePad, enquanto que o outro segura a outra lateral. Ambos acedem ao analógico do seu lado para movimentar os jogadores à baliza, defesa, meio campo e ataque. A física está bem conseguida e podemos ter aqui partidas verdadeiramente hilariantes. Uma pequena maravilha é também o percurso de mesa. Os jogadores acedem ao analógico para deslocar um labirinto de forma a que a bola avance por um percurso até ao destino. No Beisebol em mesa os jogadores controlam o taco e o envio da bola, usando novamente os analógicos.

O Puzzle em Pares, Pares Animalescos e o tradicional Mii em linha completam a lista, juntamente com os minijogos de mesa, concebidos para o GamePad e marcados por partidas rápidas em forma de cooperação e competição entre os jogadores. Existe ainda uma opção que permite aos jogadores desfrutarem da colecção inteira de minijogos, através da colecção de minijogos ou desafio livre. Outro desafio pode levá-los a percorrer uma ponte. Nas artes marciais, um jogador enfrenta 30 adversários. Para os derrotar terá que os vencer conquistando troféus nos minijogos.

Quem fica mais tempo no cavalinho?

Havendo dúvidas sobre por que modo começar, o quadro das sugestões é sempre óptimo pois permite definir os jogos adequados ao tempo que têm disponível e em função dos parceiros dispostos a entrar no jogo. Wii Party U ostenta um design na linha do título original para a Wii. Ainda que não seja tão rico como Nintendo Land, a alta definição e mais pormenores nos minijogos, promovem uma dimensão visual mais rica e apelativa. Sobre os mais de setenta minijogos, a variedade é dominante, surpreendendo muitas vezes os jogadores pela boa física e jogabilidade simples capaz de recolher agrado dos jogadores veteranos e pouco experimentados.

Neste regresso da Nintendo à esfera dos jogos em família e para todos, Wii Party U possui os condimentos necessários para singrar como a sequela que esperávamos, agora que a Wii U se aproxima do seu segundo e decisivo ano de produção. Sendo um produto que seduz jogadores novatos mas também experimentados, revela sobretudo um bom aproveitamento do potencial emergente do GamePad, em conjugação com o comando mais revolucionário, o Wii remote. Predominante em termos de experiência competitiva, cooperativa, faz sentido enquanto experiência partilhada. Só assim conseguirão obter proveito máximo. Mesmo em termos de conceitos de minijogos e modelos de jogo, Wii Party U revela que ainda há muitos espaços a preencher com originalidade, mesmo nos desafios mais simples e de jogabilidade minimalista.

8 / 10

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Wii Party U

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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