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Disney Infinity - Análise

Preparem as carteiras.

Já os Play Sets são perfeitamente adequados para qualquer idade, por mais que algumas plataformas possam requerer comandos mais avançados como um duplo salto e o agarrar a uma beira, na generalidade os objetivos são sempre claros e de mecânicas simples. Existem cinco Play Sets de momento, sendo que apenas experimentei os três que vêm incluídos com o Starter Pack, Os incríveis, Os Piratas das Caraíbas e o Monstros: A Universidade. De fora ficaram as duas franquias restantes, Carros e O Mascarilha.

O primeiro elogio que posso dar às três aventuras é o facto de serem muito diferentes em natureza. Distinguem-se também em escala, mas a principal vantagem são as diferenças em jogabilidade de uns para os outros. O Monstros: A Universidade é uma sucessão de objetivos dentro da universidade, é o mais pobre dos três, se assustar bonecos e alunos pode ser prazeroso, andar a saltar de janela em janela com o Sulley, nem por isso.

Os Incríveis é um mini "sandbox", uma cidade em que precisamos perseguir o vilão Syndrome que acaba de espalhar o terror libertando um grupo de criminosos. O objetivo passa por ir completando uma série de missões enquanto reconstruímos a base de operações da família de super-heróis, são mecânicas simples que misturam plataformas, combate e outras coisas mais loucas como planar de asa-delta. Claro que como apenas possuía um personagem existiram coisas fora do meu alcance, mas como sempre, o jogo faz questão de mostrar vídeos dos restantes membros e das habilidades que estes emprestam ao jogo assim que comprados.

O Play Set mais completo é o dos Piratas das Caraíbas, que envolve alcançar um tesouro antes do conhecido antagonista Davy Jones. A escala aqui é bastante superior, e para a navegação entre os pontos de interesse temos acesso ao nosso próprio barco, que pode ser melhorado com o dinheiro que vamos acumulando. Funciona da mesma forma que a base dos incríveis, cada mundo tem aliás a sua própria unidade monetária, assim como vários colecionáveis espalhados para usar no Toy Box.

A maior piada está em conseguir uns Tokens para comprar lançamentos numa espécie de roda da sorte, que nos atribui aleatoriamente um novo elemento, isto é conseguido a completar desafios e a subir de nível com as personagens. Depois ainda há o modo Adventures, que são mini-jogos onde cada personagem deve competir por uma medalha. Estes desafios vão desde lutas em arenas, corridas, coleção de objetos em tempo limite ou tiro ao alvo. Embora toda esta variedade seja exímia em manter-nos ocupados, achei a sinergia dos desbloqueáveis pouco clara, falta-lhe propósito. O jogo oferece indicações a toda a hora, mas aí perde o factor imaginação, porque estaremos apenas a copiar o que já fizemos nos níveis ou tutoriais.

Um aspeto interessante notar das aventuras é a constante gratificação que impõem, isto é muito comum em jogos direcionados para um público mais novo, que tradicionalmente perdem o interesse bastante rápido nos momentos em que não há ação. Assim, cada barril oferece moedas, há sempre alguém para bater, há sempre algo em cima de cada prédio, sempre um baú de tesouro para investigar, o mal é quando o jogo nos diz que esse baú apenas pode ser aberto com uma personagem que não temos, "ups, pai...".

"Há sempre alguém para bater, há sempre algo em cima de cada prédio, sempre um baú de tesouro para investigar"

Outro golpe baixo mas muito inteligente e bem montado em Disney Infinity é o Hall of Heroes, uma praça gigante com uma zona dedicada para uma estátua de cada personagem do jogo. O engraçado é que à medida que avançamos na aventura, a praça vai se embelezando por magia. Apenas as estátuas das personagens que possuímos são visíveis, e vão ficando melhores à medida que progredimos com a personagem. Confesso que nem eu, que já tenho idade para ter juízo, fiquei indiferente ao Hall of Heroes, será fantástico conseguir a praça com todos os bonecos em nível máximo, mas vai custar umas horas de jogo valentes, em conjunção com uns tantos Euros também.

A versão testada foi para a Wii U, que beneficia do facto de podermos jogar os Play Sets no comando e podermos interagir com o inventário no ecrã tátil durante a fase do Toy Box. Os bonecos têm imenso pormenor e isso por si só já traz bastante valor ao produto, que deverá fazer as delícias dos mais jovens. Achei-o um pouco dessincronizado com o público a que tenciona apelar, mas perfeito para ser jogado em conjunto com os pais, que mais uma vez recordo, terão também uma relação emocional com muitas das figuras Disney.

7 / 10

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