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Spin the Bottle: Bumpie's Party - Análise

Tragam os Wii remotes para a festa.

É curioso encontrar um jogo que tanto pode ajudar a vender consolas Wii U, como relegar o GamePad para uma posição quase marginal dentro da experiência de jogo. Baseado no conceito do jogo spin the bottle, em que uma pessoa tinha que beijar outra de acordo com a lei da garrafa, em Bumpie's party a grande novidade é que não temos beijinhos para ninguém. Em alternativa, temos 17 mini jogos, todos diferentes e pensados de modo a recolocar os comandos da Nintendo Wii de novo nas mãos dos jogadores (ou jogadores casuais). Não me lembro se cheguei a jogar spin the bottle ou se joguei outra versão do mesmo jogo, mas tinha a sua graça.

Neste Spin the Bottle: Bumpie's party, aconselha-se que reúnam o máximo possível de Wii remotes se quiserem aproveitar o potencial do jogo, é que a estrutura deste jogo é totalmente orientada para o multiplayer. A primeira instrução que vos é dada pelo ecrã do GamePad assim que se ligarem ao jogo é precisamente desligar o televisor. Sim, lá vai uma machadada na jogabilidade assimétrica. Depois só têm que ligar os Wii remotes, de acordo com o número de pessoas disponíveis para o jogo (Bumpie's Party permite que dois a oito jogadores estejam ligados). É conveniente jogar num lugar espaçoso, com móveis afastados, assim como objectos que não queremos ver quebrados. A advertência para a utilização da pulseira de segurança também está lá.

Há jogos de vários formatos e feitios. Essa é a maior vantagem do jogo e ainda demora um bom pedaço, até que alguém consiga reunir 3 flores, sobretudo na lotação máxima de participantes.

Expostos os avisos, avance-se. Na posse do respectivo Wii remote, há que seleccionar os intervenientes. Para isso temos que fazer rodopiar a garrafa a partir do ecrã táctil do GamePad. A pessoa que sair desse processo de selecção junta-se à outra. É então que é eleito um mini-jogo dos dezassete existentes. As instruções do jogo são apresentadas no ecrã do GamePad, sendo conveniente uma leitura em voz alta das regras para que os participantes fiquem oriantados. As regras são acompanhadas por desenhos exemplificativos, mas rapidamente nos apercebemos que estes jogos colocam os jogadores a usar os Wii remotes dentro de um conjunto de movimentos corporais, como encostarem-se de costas e fazer girar o wii remote por cima da cabeça e passando por debaixo das pernas, até que um número de voltas seja completado.

Mas o problema é que a maioria destes jogos podiam ser executados sem ter uma consola ligada. Bem sei que há um contador (um sistema automático) que detecta e valida os movimentos e uma estrutura que dá forma ao jogo e que sem isso seria menos cómodo e praticável, mas interactividade como a conhecemos num Wii Sports ou Wii Party, é quase inexistente. O que mais resulta destes jogos são muitos toques corporais, grande proximidade entre os jogadores e uma grande dose de humor pelo caricato que emerge das situações. Creio que se adaptassem o jogo ao formato de um programa televisivo para domingo à noite, seria sucesso de audiências. Mas lá está, é um processo interactivo que quase faz dispensar a existência de uma consola.

Entre o melhor do jogo está a variedade de jogos e o caricato das posições a que remete quem entra para o desafio, sendo imprevisível saber quem irá jogar determinado tipo de jogo. Num jogo, dois jogadores colocam o Wii remote entre os seus narizes, devendo ambos efectuar pressões dos dois lados do comando (um no botão A e outro no botão B), durante algum tempo, até que o objectivo seja cumprido. Por norma, estes desafios são de pequena duração. Noutro jogo, dois jogadores agarram-se à ponta do comando, devendo efectuar movimentos giratórios, semelhante ao de um parafuso a perfurar uma tábua de madeira. Se rodarem por 15 segundos, dentro das condições aludidas, ambos os jogadores são bem sucedidos. O vencedor é o primeiro que completar três jogos com sucesso.

Escolham as personagens e escrevam o vosso nome.

A KnapNok projectou um bom suporte de desafios, alguns deles bastante inventivos e surpreendentes, mas como já referimos, praticamente dispensam a utilização mais regular que qualquer pessoa faz de um comando. Além disso, o design do jogo é minimalista, destacando-se a invulgaridade das personagens associadas aos jogadores e os desenhos relativos às instruções. Mas no fim, isto é pouco relevante, porque todos querem competir e ganhar, e isso dependerá do sucesso que tiverem quando forem chamados a jogar.

Recomendado para ocasiões festivas, momentos em família e na roda com os amigos, Spin the Bottle Bumpie's Party não oferece a tradicional jogabilidade, nem mesmo uma semelhança com os jogos mais casuais. Com o televisor desligado e com o GamePad afecto a uma espécie de árbitro que se limita a validar os resultados dos desafios e a seleccionar jogos e participantes, o destaque vai inteiramente para os movimentos dos participantes. Contudo, num ambiente festivo, é uma opção bem satisfatória para se divertirem.

6 / 10

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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