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Soul Sacrifice - Análise

Uma jornada pelo estanho lado das fábulas.

Cada magia tem um determinado número de vezes que pode ser usada e existem vários tipos dela. Desde magias para criar armas como espadas ou martelos, magias que criam escudos de defesa, magias que criam armaduras baseadas nos elementos, magias para recuperar vitalidade, magias que nos dão rochas que podemos arremessar, até magias que criam monstros de porte médio para nos assistirem. Existem magias dos mais variados tipos e todas com uma enorme criatividade. Nenhuma delas parece ser verdadeiramente inovador mas são engenhosas e interessantes na forma como parecem dar uma nova perspectiva sobre mecânicas existentes.

Ao invocar um machado, por exemplo, ganhamos a capacidade para atacar um adversário e toda a jogabilidade é imensamente divertida. O sistema de Lock-on é altamente competente, a velocidade de deslocação e do desvio é fluída e rápida e Soul Sacrifice sente-se mesmo como um produto coeso e forte na sua jogabilidade. Todo este esquema de sacrifício faz com que seja preciso gestão do arsenal (existem pontos para recuperar a quantidade de vezes que podemos usar uma magia) e SS cumpre o requisito mais básico de um videojogos, é divertido de jogar.

A progressão do jogador está intimamente ligada ao conceito de salvamento/sacrifício dos inimigos e bosses. Ao salvar/sacrificar estamos a ganhar pontos azuis ou vermelhos das suas respectivas barras que quando preenchidas aumentam o seu nível. No lado azul temos um aumento da defesa e no vermelho um aumento dos ataques mágicos que tão importantes são nesta experiência.

Como referido, o elemento sacrifício é central nesta experiência e vamos ter que escolher salvar ou sacrificar alguns dos humanos que se tornaram em monstros, caso os salvem eles vão-se juntar à vossa jornada e podem ser usados em missões secundárias. A sua escolha e gestão é feita na secção Portraiture que é precisamente onde criamos o nosso retrato naquele conto. Sexo, cabeça, fato e voz são as opções de personalização que temos e cada uma tem um número aceitável de opções, satisfazem e aqui o elogio vai mesmo para o design dos fatos.

Quanto mais usam um aliado maior a sua afinidade connosco e mais poderoso se torna, algo que se torna útil consoante as missões crescem na sua dificuldade. Preparar a nossa Sacola é vital, pois é aqui que temos as tais magias que nos acompanham nas batalhas. Onde as escolhemos, melhoramos, e até combinados para criar mais poderosas. É um ecrã que vão ver com frequência e a sua apresentação está acessível, mas vai precisar de algum hábito para compreenderem os efeitos das melhorias e combinações.

O nosso braço direito tem propriedades especiais e nele podem gravar selos que conferem habilidades especiais (como maior defesa/dano, resistência ao fogo e do género) e que nos colocam em três categorias diferentes: Neutro, Divino, Negro (onde os aliados também se inserem). Por fim temos também os Rituais Negros que são as magias que representam sacrifícios maiores que afectam o jogador no campo de batalha. Usar uma destas poderosas magias apenas pode ser feito uma vez por missão e todas tem um custo severo no jogador, forçando estratégia e cautela nos combates. O sacrifício de uma magia poderosa como esta pode ser a vossa pele, baixando severamente a vossa defesa e podendo colocar em risco toda a missão caso mal usada.

Quando Necrom vos pede para limpar as suas Lacrimas já sabem para que servem, para pagar o custo do sacrifício destas magias negras (para as poderem voltar a usar) e também para recuperarem aliados tombados em combate, caso estes fiquem perdidos ou esquecidos no meio das histórias. Todos estes elementos fazem mais do que dar ao jogador um personagem completamente envolto em toda a mitologia deste novo mundo, mostram-lhe como a jogabilidade respeita as ideias bases que deram vida a este jogo, e como se mune de elementos singulares para dar a uma experiência de jogo há muito estabelecido e há muito usada algo distinto e fresco.

Este é mesmo o maior valor de Soul Sacrifice, como consegue parecer claramente uma inspiração de produtos estabelecidos existentes no mercado, mas ao mesmo tempo mostrar que os soube interpretar e ajustar para a sua particular visão. O resultado é todo um jogo divertido de jogar mas que pede toda a atenção do jogador para o dominar e verdadeiramente compreender. A sintonia dos demais elementos é gratificante porque ficamos envolvidos e sentimos que é diferente dos produtos similares que já temos.

Como seria de esperar, Soul Sacrifice dá uma alternativa ao jogador na forma de Inside Avalon, nada mais que missões secundárias que também elas mostram um pouco mais de todo esta distorcida fábula. Aqui temos os Avalon Pacts que são essas missões extra divididas por dificuldades e consoante vamos cumprindo umas, outras vão-se abrindo. Algumas delas dependem se salvam ou sacrificam um boss numa anterior e consoante vamos jogando mais Phantom Quests (o nome dos capítulos no jogo) vão surgindo.

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Soul Sacrifice

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Sobre o Autor
Bruno Galvão avatar

Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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