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Resident Evil Revelations HD - Antevisão

É tempo de descobrir a verdade, senhora Valentine.

Antes de entrar em comentários sobre a importância do nome da série, ou apresentações mais genéricas que permitam depois desenvolver matéria mais concreta sobre este primeiro contacto, quero tirar já algo do caminho, Resident Evil Revelations HD prepara-se para ser a melhor e mais coerente conversão para alta definição que vi, isto claro, dentro dos jogos que me passaram pelas mãos nos últimos dois anos.

Há várias razões para isto, primeiro porque chegou a um público muito limitado na sua versão original para a 3DS, por muito bem que tenha vendido, muita gente não o jogou apenas porque não tem a consola. Segundo, é desenhado num estilo moderno, perfeitamente adaptável para a consola de sala, se querem sabem, atá o acho mais adequado a este formato. E finalmente porque a franquia não merecia terminar a sua passagem por esta geração com o sexto título como o último.

Ainda que não seja um clássico propriamente dito, foi bem recebido pela crítica e fãs em geral, sendo facilmente o melhor Resident Evil de sempre para um formato portátil. Continua longe de ser um "Survival Horror", a mudança de direção no design que a Capcom impôs à série desde o quinto capítulo nota-se claramente desde a apresentação até à estrutura da própria história.

Gameplay de Rachel.

O facto de ter sido originalmente desenhado com a portátil da Nintendo em mente, forçou os produtores a darem menos importância ao "show off" visual misturado com grandes execuções em ritmo de ação, e mais importância a algo por vezes ignorado ou sacrificado, e que dá ao jogo o "feel" Resident Evil, a atmosfera. Nomeadamente, através da estética, dos espaços, e depois na proximidade que eventos têm, por vezes quase íntimos.

Assim, não só nos movimentamos com a já habitual câmara por cima do ombro, desenhada para aumentar a sensação de claustrofobia, mas os próprios cenários são apertados também, fazendo com que toda a ação aconteça muito próxima de nós. Depois o jogo vai alternando com zonas mais amplas, que variam entre segmentos dedicados ao combate e áreas carregadas de detalhe, impondo então a atmosfera esteticamente.

Um exemplo disto é o salão principal do Queen Zanobia, o navio onde se desenrola a maior parte da ação e que faz lembrar a mansão inicial do primeiro Resident Evil, a malandra da Capcom a apelar à nossa nostalgia. Ok, mas como isto não tenciona ser uma análise, concentremo-nos no que poderão encontrar de novo nesta espécie de "port on steroids", e qual a sua significância para o produto global.

"A franquia não merecia terminar a sua passagem por esta geração com o sexto título como o último."

O mais óbvio é o necessário upgrade visual, que me pareceu francamente competente, com melhorias que advêm não apenas da superior resolução, mas do polimento das texturas também. É cedo para julgar, mas os cenários e modelos estão com muito bom aspeto, prova de que a versão original era já visualmente surpreendente.

Os controlos são muito mais intuitivos e fluidos, esta é um pouco "no brainer", mas a interação com um comando individual é muito mais completa e instintiva do que segurar uma portátil na mão. Os comandos estão bem adaptados também, aproveitando o facto de termos os dois gatilhos adicionais e dois analógicos bem maiores, permite-nos fazer melhor o que queremos, tornando a experiência mais natural.

Neste particular a utilização do génesis, o scanner de alto nível utilizado para analisar as bio criaturas e encontrar objetos escondidos, é agora muito menos frustrante. Este era um dos aspetos mais irritantes na versão portátil, termos que estar sempre a trocar de "arma" cada vez que queríamos utilizar o scanner. Agora temos um botão dedicado para este efeito, o que possibilitou separar por completo esta mecânica do "flow" natural com as armas, fazendo com que sirva apenas o seu propósito original, promover a exploração.