Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Nintendo Land - Análise

Feira nostálgica e competitiva de diversões.

Há atrações que só podem ser jogadas individualmente, outras que podem ser jogadas a solo e com mais jogadores e, por fim, as atrações totalmente multiplayer (para dois ou mais jogadores).

No primeiro grupo temos o jogo Takamaru's Ninja Castle, provavelmente título de um clássico 8-bit que nem todos conseguirão adivinhar. Os produtores não quiseram saber disso e decidiram prestar-lhe tributo, apresentando um esquema de interação que assenta no endosso de “shurikens”. Segurando o GamePad na lateral, tocam no ecrã tátil para atirar “shurikens” e bombas aos Ninjas que apareçam pela vossa frente. Sendo bastante similar aos “shooters on rails”, não têm de se preocupar com o avanço da personagem, mas sim em acertar antecipadamente em tudo o que seja criatura a mexer e nos projéteis que alguns enviam.

Donkey Kong's Crash Course, deve ser unânime por esta altura, é a atração mais original e impressionante do jogo. Nele vamos comandar um pequeno e frágil veículo de madeira e molas, ao longo de um percurso bidimensional de altos e baixos. Sem motricidade, este veículo movimenta-se consoante a inclinação do solo. Através do GamePad se o inclinarmos para baixo ou para cima, o veículo andará para a frente ou para trás. Com elevadores que ascendem com um sopro e roldanas que transportam o trolley através do botão analógico, o giroscópio instalado no comando é que faz toda a diferença. O objetivo é chegar à meta o mais rápido possível. É possível encontrar atalhos, mas atenção: um salto mal calculado pode desfazer o pequeno veículo. A música é a mesma de sempre, eivada de um tom retro e autêntico, que combinada com a excelente direção artística, faz desta uma atração terrivelmente viciante.

O Yoshi's Fruit Cart, embora não sendo tão interessante como o anterior, ganha destaque pelo uso que dá ao ecrã tátil. Neste jogo, o ecrã da televisão mostra onde se encontram dispostas as frutas que o jogador deve recolher. Sem estarem assinaladas no ecrã do GamePad, o objetivo é desenhar no ecrã inferior o percurso para a personagem recolher todas as frutas e chegar à meta. Apelando às capacidades de memorização e sentido de espaço, ter sucesso aqui dependerá de uma boa leitura do terreno. Um jogo que dá bom uso às propriedades táteis do ecrã.

Balloon Trip Breeze é outra atração porventura tão fascinante quanto o Donkey Kong's Crash Course. Aqui, o jogador terá de guiar a personagem por um percurso repleto de obstáculos que corre em scroll horizontal. Tocando nos balões dos inimigos consegue ganhar mais pontos e se for capaz de transportar a mercadoria até à meta, no primeiro lugar do pódio, totaliza mais pontos. A arte deste mini jogo mostra-nos fundos muito ricos e diversificados em cores. Em alta definição, é um daqueles jogos que deixará muitas pessoas admiradas pelos belos efeitos, como os raios na tempestade e as ondas de vento que empurram o nosso Mii contra os obstáculos bicudos.

Para os amantes da Fórmula 1 do futuro e saudosistas de F-Zero, Captain Falcon's Twister Race proporciona uma série de percursos consecutivos, numa estrutura muito similar à progressão de OutRun. Vencedo um “checkpoint” antes do tempo limite, o próximo percurso será mais exigente. As curvas são apertadas, existe tráfego e nalguns pontos estão espalhadas esferas que abrandam a velocidade da nossa máquina. Para manobrar a máquina precisam de colocar o GamePad na vertical, seguindo pelo ecrã do comando, através de uma perspetiva “top-down”, o trajeto do aparelho. Um jogo rápido e curto, mas bem escalonado e desafiante.

Por fim, em Octopus Dance o objetivo passa por reproduzir os movimentos de um mergulhador, seguindo o ritmo da música. Sendo o seu conceito algo previsível, oferece mais algum interesse por incitar o jogador a seguir por duas perspetivas a ação do nosso Mii, consoante ele esteja virado na mesma direção do mergulhador, ou no plano inverso.

Quanto aos jogos em modo multiplayer de vocação cooperativa, começamos por destacar Pikmin Adventure. Refira-se que estes jogos podem ser jogados individualmente ou partilhados até 5 jogadores. Em Pikmin Adventure o jogador que segura o GamePad irá comandar o capitão Olimar, enquanto que os restantes jogadores controlam Pikmins individualmente. Este é um jogo essencialmente de combate e sobrevivência. O objetivo passa por destruir todos os inimigos e até rebentar com imensos blocos que abrem espaços secretos. No final de cada nível existe um boss para derrotar, e aqui pode ser usado o ecrã tátil para derrotar os inimigos. A chegada à nave permite voar para a área seguinte.

Em Metroid Blast, o sentido é duplo; competitivo ou cooperativo. Focado numa experiência de tipo shooter, os jogadores podem optar entre comandar uma nave (exclusivo para quem segurar o GamePad) ou seguir para as missões a pé. Existem vantagens em controlar a nave, nomeadamente o envio de potentes mísseis na direção dos inimigos e toda uma capacidade de patrulha que se faz em poucos segundos. Contudo, também oferece algumas vulnerabilidades, principalmente uma maior exposição aos ataques terrestres. Aos três modos de jogo disponíveis, acresce um terceiro modo extra. A combater vagas de inimigos ou simplesmente a combaterem entre si, Metroid Blast é um shooter simples, mas bem coeso e dotado de um mecanismo de combate e fluidez impressionantes.

The Legend of Zelda: Battle Quest é um jogo de acção on-rails. O jogador do GamePad dispara flechas através do arco, servindo-se do ecrã para apontar a sítios mais elevados onde se encontram inimigos, enquanto que os restantes jogadores, que seguram os Wii Remotes, atacam diretamente os adversários, recorrendo à espada e ao escudo para defesa. Este mini jogo oferece vários capítulos, com dificuldade em modo crescente.

Por fim, quanto aos jogos competitivos, os jogadores podem escolher Mario Chase. Neste jogo devem encontrar e perseguir o Mii Mario, tendo 2 minutos para lhe deitarem a mão. Tendo o ecrã dividido e apontado para o comando dos Toads, o Mii Mario possui a vantagem de ter uma perspetiva geral do mapa para se esconder e fugir com sucesso. Curioso, porém, que num jogo que se liga a Super Mario, acabámos por sentir uma nostalgia de Pac-Man. Mais à frente haverá novos mapas com mais obstáculos como pontes que desaparecem à nossa passagem e lama que nos retém a marcha e deixa marca