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Professor Layton and the Miracle Mask - Análise

Que segredo oculta a misteriosa máscara?

A história não é parca em mistérios, havendo muitas reviravoltas até ao final. O regresso ao passado de Layton revelará outros detalhes úteis em torno daquilo que é no presente momento e a isso acresce todo o mistério provocado pela máscara. Enquanto as personagens se emaranham e acabam por confrontar, vemos como a cidade Monte d'Or cresce e revela muitos pontos de interesse, zonas afetas a fins distintos e sempre aberta à exploração, ainda que limitada por puzzles, moedas escondidas e tesouros.

A transformação de imagens estáticas em 3D é uma das maiores novidades neste jogo. Os fundos continuam estáticos quando exploramos, mas agora há toda uma sensação de profundidade reforçada pelos efeitos 3D da consola que acrescentam ainda mais separação e distância entre o que está perto e mais longe. É como se as imagens ganhassem vida. A cidade está repleta de zonas agradáveis à vista e mostram-se bastante diferentes entre si. Representada por edifícios altos e arcadas para o comércio, vemos também zonas residenciais com bonitas habitações. Existe muita cor e a noite tende a emprestar muito charme e identidade a Monte d'Or, incitando o jogador a descobrir.

A interação com o cenário e áreas de jogo volta a fazer-se novamente por intermédio do ecrã inferior. Este serve como dispositivo para navegação no mapa ou então, usando uma lupa por intermédio da caneta, para percorrer a área que vemos reproduzida em 3D no ecrã superior. Estas imagens não só estão agora em 3D como também podem ser alargadas quando usamos a lupa. Pontos de interesse e investigação serão assinalados com uma cor laranja na lupa. Uma cor azulada significa que podem fazer zoom dessa área e descobrir mais coisas. Entre os pontos de interesse detetados a laranja pela lupa podem estar moedas-pista, quebra-cabeças ou certos itens. Se ainda não jogaram nenhum dos jogos anteriores, saibam que as moedas-pista são úteis para ajudar à resolução dos quebra-cabeças.

E haverá quebra-cabeças bem complicados desde o começo. Não me parece que seja um jogo particularmente exigente neste aspeto. A dificuldade está latente logo nos primeiros problemas, casos que podem levar tempo até se descobrir o resultado, sobretudo se não quiserem arriscar perder “picarats” por causa das respostas erradas e se não tiverem moedas suficientes para ativar mais pistas.

Tal como referimos atrás, a estrutura dos puzzles constitui o lado mais familiar e tradicional do jogo e aquele que acabou por ser alvo de menos alterações. Assim, o jogador terá de ler muito bem o enunciado de cada quebra-cabeças e pensar muitas vezes em termos abstratos e para lá do objeto. É o tal pensamento lateral que às vezes faz falta e que aqui se torna imprescindível recorrer se estiverem dispostos a completar aproximadamente 150 quebra cabeças. Nem todos são de resolução obrigatória para chegar ao fim da história. Muitos são opcionais e ficam escondidos até serem descobertos. De qualquer modo, se não quiserem arriscar uma resposta podem desistir e voltar ao puzzle mais tarde através do Palácio dos Quebra-Cabeças.

As aventuras de Professor Layton ficam também marcadas pela presença de mini jogos que funcionam como pequenas diversões que podem ser desfrutadas em separado. Desta vez voltamos a ter três opções; A Loja, O Robô de Brinquedo e o Espetáculo do Coelho. O jogo do robô brinquedo é eficaz quando o que pretende transmitir é uma condução do aparelho desde a partida até à meta, devendo evitar armadilhas e calcular bem a chegada. Bem diferente é o que se passa na loja. Tal como pretende um bom proprietário de um estabelecimento de brinquedos, deverão ordenar os artigos de modo a conquistar o comprador, até que ele fique satisfeito e acabe por esgotar o stock de artigos. Por fim, o espetáculo do Coelho. Não do nosso primeiro, porque esse é muito mau de se ver. Neste mini jogo, simpático e divertido, terão de treinar o coelho, pondo-o a realizar habilidades e truques para lhe darem um lugar no circo. Se conseguirem realizar a proeza, o coelhinho será eleito.

Por fim, uma nota para a componente sonora. No que respeita às vozes das nossas personagens voltámos a contar com o inglês de Inglaterra que assenta muito bem sobre a dimensão visual das personagens, evidenciando um ótimo trabalho de localização. Já a componente sonora não difere muito das entregas anteriores, com faixas a lembrar melodias típicas de bairros parisienses, no fundo, reflexo da admiração que a Level-5 manifesta pelo eixo franco-britânico e que se tornou num dos símbolos da série. Apontamento positivo, como já é hábito, para as cenas animadas, normalmente abundantes e com peso nos momentos decisivos da narrativa. Volta a ser um dos pontos de destaque, assegurado desta vez com belos efeitos 3D.

Por tudo isto, Professor Layton and the Miracle Mask é mais um grande jogo para os veteranos da série, mas também para os novatos. Especialmente para estes, que ao mergulharem neste mundo dos quebra cabeças vão ficar surpreendidos pela quantidade e qualidade dos problemas. Os veteranos também terão motivos para ficarem satisfeitos, já que vão encontrar um design melhorado graças à 3DS. Sem apresentar grandes transformações, este jogo (agora também disponível na eShop) consegue impressionar pelo seu estilo e mecânica, compatível com curtos períodos de jogo e em qualquer lugar, o que faz desta uma experiência única dentro das portáteis (exclusiva Nintendo 3DS) e que mostra como ainda é diferente uma experiência para consolas dos jogos para smartphones. The Miracle Mask é uma ótima companhia nestas tardes-noites frias de Inverno e um bom meio para mantermos os neurónios do nosso cérebro aos pulos.

8 / 10

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