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GRID 2 - Antevisão

O ponto ideal entre diversão e purismo das corridas.

A transformação pela qual a Codemasters passou no passado mês de abril foi uma decisão que demonstrou inteligência e uma vontade de assegurar uma posição nos videojogos. Ao concentrar-se unicamente nos jogos de corridas, a Codemasters pode dedicar toda a sua força de produção a fazer aquilo que melhor sabe e pela qual é conhecida.

Pouco tempo depois de anunciar a sua transformação em "Codemasters Racing", a companhia oficializou GRID 2, a muito desejada sequela de Race Driver: GRID de 2008. Ao afastar-se das suas outras franquias não inseridas no género das corridas, é natural que a Codemasters tenha interesse em acordar uma série adormecida como GRID, afinal de contas, o primeiro ainda é visto como um jogo de excelência no género.

Se jogos como DiRT 3, DiRT Showdown e F1 2012 mostram que a Codemasters tem um talento especial no que toca a produzir jogos de corridas, GRID 2 vem fundamentar e dar ainda mais força a esse sentimento. A própria Codemaster quer demonstrar isso, de outra forma, GRID 2 não estaria jogável na Eurogamer Expo numa versão pré-alpha. As produtoras ou editoras hesitam em apresentar ao público os seus jogos em fase pré-alpha porque não representam o produto final, pelo que pode ser transmitida a ideia errada do jogo. Mas a Codemasters está confiante no seu produto, e mesmo ainda em pré-alpha, GRID 2 passa já a ideia de que é fantástico.

Em primeiro, falemos do aspeto visual do jogo, que no estado atual, parece muito avançado. A carroçaria do carro já reflete o ambiente em redor, com um maior reforço na área do capô, os modelos dos carros estão fieis aos de metal, a julgar apenas pelo Chevrolet Corvette e Ford Mustang presentes na Eurogamer Expo, e há um efeito de luz fantástico na pista de Chicago quando somos atingidos pelos raios de sol por entre os arranha céus. Há coisas a polir, como a vegetação na pista localizada na Califórnia, mas a sensação de velocidade que GRID 2 transmite é tanta, sendo acompanhada pelo rugir dos motores nas elevadas rotações, que são detalhes que passam facilmente despercebidos.

O foco está na jogabilidade. GRID 2 tenta encontrar um equilíbrio entre uma jogabilidade acessível mas com profundidade suficiente para agradar ao público que mais se dedica aos jogos de corridas. De facto, o jogo é acessível. É bastante fácil começar a jogar e a cortar curvas. A jogabilidade é muito precisa. Conseguimos direcionar o carro exatamente na direção que pretendemos. O uso de um volante ajuda em muito neste aspeto. Na Eurogamer Expo tínhamos a oportunidade de jogar num tipo de cockpit com três ecrãs. A experiência é simplesmente fantástica.

Ao sair das curvas, nota-se a identidade arcade do jogo. Acelerar e levar o conta rotações ao máximo dá origem de imediato a um drift que coloca os pneus a deitar fumo. Prolonguem demasiado este exibicionismo e perderão o controlo do carro, e talvez até choquem de frente com uma parede. Este estilo de jogo não tem nenhum vantagem. Deslizar é perder preciosos segundos. Travar no momento ideal antes de uma curva e depois acelerar no ponto correto, é o que irá garantir um lugar no pódio.

O que foi mencionado acima demonstra que o jogo tem um lado purista. Não é simulação, e está bem longe disso. Mas está patente que a Codemasters não quer criar algo do estilo Need For Speed. Diria que GRID 2 é aquele jogo descomprometido que qualquer um pode pegar no comando e começar a jogar sem nenhuma dificuldade, não obstante, aqueles que se dedicaram mais, vão também encontrar algo mais que um simples jogo de acelerar e travar. Seja como for, GRID 2 consegue ganhar a nossa atenção de uma forma sublime mal pegamos no comando. Sentimos que poderíamos passar horas a jogar sem ficar cansados.

Gameplay na Eurogamer Expo comentado por Jorge Soares.

GRID 2 tenta encontrar um equilíbrio entre uma jogabilidade acessível mas com profundidade suficiente para agradar ao público que mais se dedica aos jogos de corridas

A destruição dos automóveis foi um dos aspetos mais louvados em GRID: Race Driver, e em GRID 2, a tradição de capotar um carro e ver centenas de pequenas peças a voar continuará. Nesta demonstração em estado alpha, nenhum dos acidentes chega a essa ponto. Apenas as portas, para-choques e outras partes da carroçaria são removíveis. Neste aspeto, GRID 2 está precário, mas até ao primeiro trimestre de 2013, que é quando o jogo será lançado, a Codemasters tem tempo suficiente para polir e alcançar um resultado espetacular.

Ainda é muito cedo para tirar mais conclusões. O que foi mostrado na Eurogamer Expo deixou uma impressão agradável e boas expectativas do que está para vir. A ideia das pistas dinâmicas é interessante, e apesar de ter sido revelada durante o evento no Earl's Court, não fazia parte da demonstração disponível para o público. Nos próximos meses a Codemasters deverá revelar mais sobre o jogo para que possamos ter uma ideia mais concreta do que esperar.

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GRID 2

PS3, Xbox 360, PC

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Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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