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Birds of Steel - Análise

Quando o Japão forçou a entrada dos EUA na II Guerra.

Por outro lado, a aposta numa vertente de simulação significa que terão de atuar com cuidado e total conhecimento das regras e condução. Atenção à velocidade, travões, grau de inclinação, são cuidados básicos a gerir constantemente. Uma falha a curvar e rapidamente entramos numa espiral descendente. A estabilidade do aparelho é um grande problema quando entramos pela simulação e em missões onde temos de fugir e atacar constantemente inimigos, acertar em alvos localizados no solo, o mínimo descuido precipita o aparelho imediatamente, obrigando-nos a repetir toda a missão. Este modelo exerce algum fascínio e os mais perseverantes quererão obter o máximo de experiência, mas também é igualmente frustrante, especialmente nas missões mais demoradas, quando somos atingidos no fim e temos de voltar a cumprir tudo. É pena que não seja dada a possibilidade de continuar no exato ponto onde fomos atingidos ou perdemos a estabilidade do aparelho.

Para maximizar a pontuação é importante treinar as descolagens e aterragens. Serão agraciados pontualmente se levantarem voo e trouxerem a bom porto a aeronave. A descolagem é relativamente simples. Implica que tenham de imprimir velocidade, estabilizem horizontalmente o aparelho e inclinem os flaps ligeiramente quando o motor já se encontra a velocidade máxima. Se o processo de subida é simples, já a aterragem acrescenta mais algum desafio, principalmente quando a pista que temos está reduzida a umas centenas de metros de um porta-aviões, uma das novidades de Birds of Steel. Aterrar nos navios pode ser mais complicado se não colarem o gancho que desce do avião à corrente do porta aviões que serve de travão. A descida implica uma redução constante da velocidade e a chegada faz-se gradualmente e a planar.

No combate aéreo outra das novidades apresentadas em Birds of Steel é a possibilidade de usarem a metralhadora comandada por um terceiro tripulante. Se pilotos inimigos seguirem na vossa cauda, deverão passar para o comandante da metralhadora e tentar abater os rivais. Nesta situação só poderão apontar horizontalmente e para cima, pois se o fizessem no sentido oposto poderiam alvejar a própria máquina.

Por regra os combates aéreos ficam marcados pela intensidade. Se forem alvejados o vosso aparelho começa por libertar grandes quantidades de fumo do motor, perde velocidade e à volta do avião destaca-se um tom escurecido e avermelhado. Mas se há uma grande atenção nos objetivos solicitados como largar bombas sobre frotas e navios inimigos, bases militares e bombardeiros, é igualmente decisivo manter o aparelho em voo dentro das condições ideais. A perspetiva interior gera mais entusiasmo e é fantástico olharmos para as laterais do cockpit e observarmos o que se passa lá em baixo e quais os inimigos ou colegas que estão próximos.

Para lá da campanha, Birds of Steel é constituído por um acervo de missões e alguns modos de combate individuais que ficam sobretudo marcados por assinalarem novos objetivos. As missões têm como cenário o palco da campanha, mas depois disso os objetivos são diferentes e visam missões específicas, como que saídas de um manual de treino militar de combate aéreo.

Mas será através do modo multiplayer que irão pôr à prova toda a vossa capacidade de voo. Os imensos aviões a desbloquear são um factor interessante para personalizar o nosso estilo nos céus, mas essa dimensão está agora reforçada pela possibilidade de aplicar decalques nos aviões totalmente ao nosso critério. O editor é bastante simples e permite-nos colocar uma panóplia de imagens e desenhos ao nosso gosto, o que é sempre uma excelente oportunidade para pintarmos aquela máquina de guerra a gosto.

Com modos cooperativos e competitivos dentro do multiplayer vão encontrar ainda um editor que vos permite definir o cenário de combate. Com vários parâmetros de edição, este editor é uma adição que permite aos utilizadores criar novas fronteiras e um campo de batalha com alvos estratégicos. Ao proporcionar todo este quadro de ferramentas, bastante aliciantes, a Gaijin Entertainment está a dar condições aos titulares deste jogo para que avancem pela campanha e permaneçam por mais tempo em competição online.

Birds of Steel tem o mérito de tanto apelar aos adeptos da simulação como aos jogadores que gostam de aparelhos de voo mas não querem nada de muito complexo ou exigente, uma vez que na sua memória os clássicos da aviação começam e acabam com Afterburner. É no PC que ainda encontram os melhores e mais completos simuladores de voo e combate, mas Birds of Steel é uma opção muito digna e válida da Gaijin Entertainment que assim nos permite seguir, por um outro ângulo, as batalhas aéreas no Pacífico.

7 / 10

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