Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Sorcery - Antevisão cheia de magia

Exclusivo PS3 promete usar o Move como nenhum outro jogo.

Não tinha grandes expectativas em relação a este Sorcery, muito porque já tive a minha dose de controlos por movimentos no último mês, e depois porque a própria temática do jogo me parecia demasiado colada a Harry Potter, como que para aproveitar a sede por mais histórias de magia por parte dos milhares de fãs do pequeno feiticeiro. Ora acabei por ter uma agradável surpresa, esta primeira versão de Sorcery está já bastante sólida, com muito bom aspeto e um gameplay divertido que se serve de ambos os comandos do Move para transformar o jogador num feiticeiro.

O protagonista é Finn, um jovem adolescente aprendiz, que assim que encontra uma varinha mágica começa a explorar o seu potencial no campo da feitiçaria. Parece familiar? Felizmente depois de uns minutos o jogo desenvolve a sua própria personalidade, à medida que Finn explora uma masmorra na companhia da sua fiel gata, e se vê envolvido numa série de tumultos provocados pela malévola Nightmare Queen que aparentemente quebrara um pacto que mantinha com a humanidade.

O desenvolvimento da personagem de Finn está algo apressado, mas a estrutura da zona inicial tipo tutorial está já bastante competente e permite-nos aprender a utilizar as magias com o Move facilmente. Fiquei legitimamente impressionado com a precisão e variedade dos controlos da varinha, podemos enviar raios de energia em várias direções e inclusive com efeito curva, criar um muro de fogo, invocar cones de ar, congelar tudo à nossa volta, enfim, além de possuirmos muitas opções no campo das magias, todas elas são simples de executar com o movimento adequado.

Com o poder literalmente nas mãos, a nossa tarefa é simples, derrotar exércitos de criaturas inimigas e impedir a Nightmare Queen de transformar o mundo numa noite eterna. A estética global do jogo apoia-se num tema de fantasia que mistura um estilo mais negro e sombrio, com cores exuberantes que provocam vários contrastantes. Quase sempre com espaços amplos para facilitar os controlos com o Move, é um mundo marcado pela magia, fadas e criaturas exóticas, onde destaco um Troll gigantesco que enfrentamos logo muito cedo na aventura.

O traço está algures entre um visual mais realista tipo Skyrim, e um mundo mais animado como Amalur ou Zelda, concretamente as personagens parecem mais animadas e por sua vez os ambientes por vezes são extremamente detalhados. Lembro-me de uma área coberta de água e gelo onde manipulamos umas colunas geladas num espetacular festival de luz e partículas à nossa volta, que captou a minha atenção. O desenvolvimento do poder de Finn centra-se fundamentalmente em dois elementos, a magia, e as poções. As magias são determinantes no que podemos fazer durante o jogo, e servem não apenas para o combate, mas para ultrapassar vários tipos de obstáculos durante a aventura. Já as poções atribuem um determinado tipo de efeito a Finn, e tem que ser o jogador a recolher vários materiais durante a aventura, para depois misturá-los e criar um tipo de poção. O curioso é que temos mesmo que atirar os ingredientes para um caldeirão, e depois misturá-los rodando o Move em círculos.

Os efeitos das poções são vários, desde invisibilidade, poderes reforçados ou até a transformação num animal, o que abre um novo universo de possibilidades no campo do gameplay que estou curioso para ver. Uma das metamorfoses permite-nos transformar num rato, e assim ganhar acesso a áreas anteriormente inacessíveis numa masmorra por exemplo. O ambiente também pode ser alterado utilizando a magia, mas o sistema é algo simplista, bastando pressionar uma tecla e rodar o comando para consertar uma pequena escadaria ou até reerguer uma ponte inteira.

O controlo de Finn na terceira pessoa é surpreendentemente simples e intuitivo, utilizando o thumbstick do Move para a navegação e o comando principal como varinha mágica. Os ataques requerem bastantes movimentos com o Move, e apesar de no geral os controlos responderem adequadamente aos nossos comandos, torna-se rapidamente cansativo enfrentar grupos atrás de grupos de orcs e outras criaturas decididas a arruinar o nosso dia.

"O controlo de Finn na terceira pessoa é surpreendentemente simples e intuitivo, utilizando o thumbstick do Move para a navegação e o comando principal como varinha mágica."

Os eventos durante a ação nas masmorras alternam entre momentos em que precisamos lidar com várias "waves" de inimigos, momentos em que temos que resolver pequenos puzzles, e as "boss fights". É muito cedo para juízos mas a ação pareceu-me algo "scripted". Costuma ser norma neste tipo de jogos, tornam os eventos pré-determinados para garantir uma boa performance dos controlos, e por sua vez uma boa experiência para o jogador.

Jogo estará todo em português, voz e textos.

O que felizmente torna a ação divertida, é que o sistema de magias envolve várias possibilidades dentro da sua própria simplicidade. Parece paradoxal mas no léxico dos videojogos isto é conhecido por "depth" (profundidade). Apesar de todas as magias serem fundamentalmente simples, podemos utilizá-las de várias formas e somos incentivados a adaptar a sua utilização mediante o contexto. Podemos até combinar magias para obter resultados particulares, por exemplo combinar um tornado com a barreira de fogo para criar um tornado em chamas. Alguns inimigos requerem também a combinação de feitiços diferentes, os adversários com escudo por exemplo têm que ser desarmados utilizando um uma espécie de tremor de terra, e só depois atacados diretamente.

É notório que Sorcery foi desenhado especialmente para o Move, e será facilmente uma das bandeiras principais do periférico da Playstation nos próximos tempos. Parece um jogo que apesar de dedicado aos controlos por movimentos, que como sabemos são estigmatizados como "jogos para casuais", possui uma temática e uma profundidade de gameplay que aponta baterias ao mercado de jogadores mais tradicionais, e que sejam também amantes deste tipo de fantasia. No global o jogo parece estar a desenvolver bastante bem e é já facilmente a melhor experiência que tive com o Move. Cá estaremos para versão final.

Sorcery será lançado no dia 23 de maio, em exclusivo para a PlayStation 3.

Sign in and unlock a world of features

Get access to commenting, newsletters, and more!

In this article

Sorcery

iOS, PS3

Related topics
PS3
Sobre o Autor
Aníbal Gonçalves avatar

Aníbal Gonçalves

Redator

MMOs e RPG são com o Aníbal. Aliás existe um rumor na redação que a sua primeira casa é o World of Warcraft. Mas às vezes também o vemos a fazer uns exercícios. Não é mau de todo.

Comentários