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Grand Slam Tennis 2 - Análise

A febre dos grandes torneios.

Por cada vitória o tenista em formação arrecada pontos e sobe no ranking. Pelo contrário, se perder jogos será penalizado e cairá alguns degraus. Há alguns incentivos, por via de pontos, se forem atingidos objetivos adicionais, como executar pontos consecutivos com batidas para o fundo do campo, conquistando ases e fazendo top spins de sucesso. Porém, tudo isto em pouco tempo será rotineiro e não haverá muito mais a fazer quando descobrirem tudo o que uma temporada tem para oferecer.

Os adversários controlados pelo computador reagem bem ao nosso jogo. Na dificuldade profissional tende a ser asfixiante e mesmo que joguem para o fundo do campo com batidas fortes o adversário tem uma tendência para se aproximar da rede e fechar o ponto, quase sempre com sucesso. Alguns jogos tendem a demorar demasiado, sem que haja visível cansaço por parte dos tenistas, levando a que alguns jogos perdurem demasiado no tempo.

Jogabilidade arcade ou de total domínio

Grand Slam Tennis 2 oferece 3 tipos de comandos; arcade, total racquet control e Move. Começando pelo total raquete control, será o que vão encontrar de mais próximo da simulação, mas também o mais complexo e exigente. Para ficarem a dominar melhor todos os movimentos é preferível que treinem usando o lançador de bolas automático ou então tenham aulas com John MacEnroe, cujos comentários poderão a dada altura tornar-se severamente irritantes. Em termos práticos o esquema funciona da seguinte forma: o botão analógico direito permite efetuar as pancadas regulares, implicando que puxem para trás no momento em que se preparam para acertar na bola e depois para a frente na direção desejada. Consoante puxem para a frente ou deixem ficar na mesma posição, haverá maior ou menor profundidade. O botão analógico esquerdo permite controlar o jogador.

Este sistema apesar de bem adaptado ao comando não é um campeão da eficácia, complicando mais do que devia. Implica sobretudo que sejam cirúrgicos quanto ao "timming" e colocação do tenista quando se prepara para receber a bola. Falhem um destes pressupostos e o que pretendiam fazer sai de forma irregular, para não usar expressão mais severa. Já os controlos arcade revelam uma forte semelhança com os de Virtua Tennis 4. Aqui irão usar os botões para efectuar diferentes pancadas. Quanto mais tempo pressionarem os botões mais potente sairá a pancada. O serviço também se efectua de forma algo distinta. Começam por apertar um botão para servir. Se apertarem por muito tempo uma zona de cobertura vai encolhendo diante do vosso tenista e depois devem voltar a premir o botão no momento em que uma linha atravessa essa zona. Se forem certeiros conseguirão efectuar um bom serviço e poderão concretizar um ás.

Comandar o tenista através do Move revela-se um exercício simples e globalmente satisfatório. As deslocações à bola passam a ser realizadas de forma automática enquanto que as pancadas traduzem com moderada precisão os vossos movimentos. Por vezes há alguma tendência para fazer movimentos a mais sem que o computador traduza devidamente o movimento e outras vezes a bola afasta-se um pouco da trajectória solicitada, mas nada que manche o sistema. Nas partidas mais complicadas é preferível recorrer ao esquema arcade, aquele que menos falha.

Grand Slam Tennis 2 proporciona mais alguns modos de jogo individuais antes de arrancarem para o lado competitivo em rede. Entre os modos individuais o destaque vai para os clássicos do ESPN. Nestes jogos serão convidados a completar alguns grandes momentos da história do Grand Slam como a final entre as irmãs Venus e Serena Williams. Conseguirão reescrever a história ou mudar o curso dos acontecimentos? Dentro da vertente on line poderão jogar em singles ou pares com outros adversários do mundo, mas talvez o mais interessante seja participar em torneios, atribuindo peso às eliminatórias. Tirando algumas desconexões e quebras na ligação da praxe em certos momentos, a impressão é bastante positiva e é possível obter partidas bem renhidas.

John McEnroe e Pat Cash são os dois comentadores de serviço. Ambos escrutinam com emoção as incidências da partida. Alguns comentários são prolongados, oferecem algum dinamismo e encontram conforto na sequência de imagens que chegam do court, mas se falharem alguns lances ou disputarem as bolas da mesma forma irão ouvir repetidas vezes o mesmo recado, o que acaba por se tornar desagradável e prejudicar a concentração.

Grand Slam Tennis 2 é uma oferta que apresenta os seus próprios méritos e revela o interesse da EASports em chegar perto de outras séries que marcam o género. Não sendo verdadeiramente um simulador embora sem conceder totalmente a uma feição arcade, permite que o jogador defina o seu estilo de jogo e as opções do raquete control e move contam a favor, mesmo se a primeira ainda não tem a desejável eficácia. A limitação em termos do modo carreira e de opções revela que estamos perante uma série em progressão. É provável que em pouco tempo a EA Sports regresse a Grand Slam e nessa altura trará mais experiência a jogo. Por enquanto uma aposta bastante digna.

7 / 10

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EA SPORTS Grand Slam Tennis 2

PS3, Xbox 360

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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