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Alan Wake's American Nightmare - Análise

Os traumas de um escritor famoso.

A história em Alan Wake's American Nightmare é o que mais valerá na experiência. Por ser algo mais pequeno aconselho a poderem explorar todos os cantos do jogo, beneficiando-se por conseguirem todos os manuscritos, desbloquear as armas, os vídeos, os programas de rádio e TV. O jogo acaba muito rápido, principalmente na questão de espaços a explorar. Não posso ir mais longe, pois seria um enorme spoiler e perdia todo o interesse jogarem.

Vivendo muito do enredo, o jogo peca também em trazer personagens memoráveis ou que sejam no mínimo interessantes. Alan Wake's American Nightmare centra-se em Alan Wake, nos seus problemas, na sua relação com Alice e em Mr. Scratch. Esta é a dupla que levará o jogador a mais um episódio dentro da série Night Springs, deixando no ar que mais episódios poderão aparecer. Tudo o resto parece secundário. Até os inimigos, que aqui vão crescendo em termos de dificuldade e armamento conforme avançarmos na história.

O jogo não tem momentos tão stressantes como o primeiro. Na maioria das vezes o aparecimento dos inimigos é demasiado previsível, nunca, ou quase nunca, aparecendo por trás. Para piorar ainda mais, quando um conjunto de inimigos aparece a câmara fica mais lenta e foca onde está o grupo, tornando fácil a tarefa de podermos fugir ou atacar mais eficazmente. O nível de dificuldade irá resumir-se ao número de armas que tivermos e respetivas munições.

Mr. Scratch é uma personagem super interessante. Queremos ver muito mais sobre ele.

Para além do modo história, temos um modo arcada, onde pega no famoso e atual modo de jogo de "Ataque por vagas", aqui chamado de Fight Till Dawn. Neste caso temos que aguentar por dez minutos as diversas vagas de inimigos até que amanheça. Diferente do modo história, aqui as coisas complicam-se mais, pois o número de inimigos torna-se às vezes caótico, obrigando-nos muitas vezes a fugir. No início apenas temos acesso a um cenário e para desbloquear os restantes temos que completar o objetivo ou no mínimo ganhar as estrelas necessárias, ganhas pela atribuição de pontuação pelo tempo que aguentarmos.

As diversas armas que podemos apanhar no jogo estão escondidas dentro de malas, sendo obrigatório apanhar os manuscritos para as desbloquearmos. Após desbloquear determinada arma, podemos trocar pela existente, e mais tarde voltar ao cenário, ao local da arma e trocar novamente. O que fazemos no modo história terá repercussões a este respeito no modo Arcada. Quanto mais armas desbloquearmos mais armas temos no modo por vagas. Não poderei deixar de falar sobre um modo cooperativo, inexistente neste caso, que faria todo o sentido em Fight Till Dawn. Para além de que não existe qualquer modo multijogador, a não ser as tabelas classificativas.

Alan Wake's American Nightmare também traz uma boa banda sonora, pelo menos que se encaixe bem no ambiente. Nomes como Ed Harcourt, Me Watching the Sun Come Up, Old Gods of Asgard e Kasabian marcam presença. Estes últimos com a música Club Foot a ser uma das mais usadas.

Uma das ilações que tiramos de Alan Wake's American Nightmare é que o estúdio Remedy tem aqui um diamante em bruto extremamente poderoso. Se Alan Wake voltou a afirmar que existe luz ao fundo do túnel no género, Alan Wake's American Nightmare mostra que existe ainda muito para contar sobre Alan Wake, a personagem. É um bom vislumbre daquilo que poderá vir no futuro, e espero que vá além de mais episódios para o XBLA de Night Springs.

7 / 10

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