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Mighty Switch Force - Análise

Os blocos vieram para ficar.

O fim de 2011 trouxe grandes novidades para os clientes da eShop, a tenda virtual da 3DS, que permite aos proprietários da portátil da Nintendo descarregar uma grande variedade de jogos. De clássicos para o GameBoy, aos clássicos em 3D e originais, Pullblox foi sem margem para dúvidas o melhor original da plataforma do ano transacto. Mas a verdade é que 15 dias depois a Nintendo voltou a entregar outra proposta de comprovada qualidade. Mighty Switch Force, da experiente WayForward que já nos trouxe pérolas como Shantae, representa a continuação da série Mighty anteriormente desenvolvida para a DSiWare.

Mighty Switch Force vai um pouco mais longe do que os jogos anteriores da série. Não obstante se situar no negócio dos "puzzle games", contém elementos mais alargados de plataformas e acção. Esta repartição de elementos confere-lhe um notório relevo e dá um gozo particular para os amantes das plataformas e jogos de acção, uma vez que exibe uma robusta e muito eficaz construção bidimensional. Uma boa vertente sonora, bom grafismo e uma construção de desafios exigente a partir de meia metade do jogo, fazem deste jogo um grande vício. Confesso que a único aspecto que me desagrada são mesmo gritos agudos e penetrantes da moçoila protagonista quando é atingida. Contudo, estamos perante um jogo bastante diferente dos anteriores e a sua maior riqueza em desafios só por si justifica a imediata aquisição.

Caça às Hooligan Sisters

O mote narrativo do jogo é bastante simples. O jogador assume os comandos de Patrícia Wagon que em cada incidente é chamada a deter 5 das foragidas Hooligan Sisters. No ecrã inferior um radar permite detectar o rasto e a localização das irmãs. Vestidas com roupa de prisioneiras estão situadas em locais distantes e imprevisíveis. O objectivo da missão passa por encontrar o caminho até cada uma delas. Assim que todas estejam detidas são enviadas para um robot que as devolve ao estabelecimento prisional.

Mighty Switch Force consagra uma forte composição de plataformas e o desafio começa de forma simples, obrigando o jogador a saltar entre plataformas, podendo progredir de forma horizontal ou vertical. Nos espaços confinados haverá inimigos que bloqueiam o percurso e que só podem ser afastados por recurso à arma laser. Alguns têm escudo e protegem-se temporariamente. No entanto o truque do conceito entra em prática quando o jogador activa um conjunto de blocos, que através de um clique passam de uma perspectiva afastada para o caminho da protagonista, permitindo que esta tenha uma nova plataforma para seguir em frente ou subir até outra plataforma.

Mas atenção ao "timming" da activação de blocos. Se estiverem no caminho de um deles a protagonista é literalmente esmagada pela activação daqueles. O bom disto é que pode ser utilizado contra os inimigos, para os esmagar ou então criar uma ponte para que eles sejam encaminhados até um ponto que seja do nosso interesse.

Estes serão os blocos mais elementares, já que mais à frente irão encontrar outro género de blocos, de cores distintas cuja activação é necessária para abrir caminho mas que ficam aparafusados de modo a permanecerem na mesma posição mesmo após a activação do botão "switch". Outros blocos, quando activados, não esmagam a personagem, antes a projectam numa direcção predefinida.

Boa variedade de desafios

À medida que progridem entre as 16 missões disponíveis (não julguem que todas serão simples como as 6 a 8 primeiras) esta mecânica vai ficando cada vez mais complexa, mas também divertida. Terão muitas vezes que abrir caminho atraindo inimigos para essas caixas de projecção de modo a rebentar com algum ponto que bloqueia o trajecto. Outras vezes terão de compatibilizar esse mesmo objectivo com uma entrada imediata para um desses blocos de projecção da protagonista. Aqui o "timming" é essencial para controlarem o objectivo. Algumas vezes pode ser complicado fazer um encadeamento de projecções consecutivo, mas não será por defeito do jogo, já que os comandos respondem bem, sendo por isso uma questão de "momentum" que dita o resultado final.

Essencialmente estamos perante um jogo de puzzles, mas a combinação particular que faz a dada altura entre saltos, plataformas e tiros, torna a experiência altamente frenética e envolta em constantes quadros de novos problemas que revelam uma excelente concretização a nível conceptual. As derradeiras missões tanto têm de assustador e tenebroso em combinações como em espectacularidade de arrumação das foragidas, obrigando o jogador a embrenhar-se num maná de novas coordenadas por caminhos estreitos horozontais e verticais polvilhados de obstáculos de modo a chegar perto delas.

O grafismo 2D é mais outra nota merecedora de sublinhado. Com grandes "sprites" é patente uma boa descrição do ambiente futurista em que se insere Mighty Switch Force. Além disso o efeito 3D está bem conseguido, especialmente no efeito da aproximação e distanciamento dos blocos.

Em suma, Mighty Switch Force é um jogo que oferece bastante por um preço reduzido. Para os conhecedores da série Mighty, irão encontrar uma mecânica diversificada que só por si coloca este jogo num outro patamar por comparação com os anteriores, sendo que para os novatos na série, não podem encontrar melhor estreia. Um jogo destacado especialmente pela conjugação que opera entre puzzles, plataformas e acção. A eShop da 3DS continua em alta e estão previstas outras surpresas para o mês de Janeiro.

8 / 10

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Mighty Switch Force

Nintendo 3DS

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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