Ultimate Marvel vs Capcom 3 - Análise

Podemos dizer que a Capcom chegou depressa a Ultimate Marvel vs Capcom 3? Com a versão 3 lançada em Fevereiro deste ano, muitos fãs esperavam por uma sequela somente no próximo ano. Terá sido decisão da Capcom em não abandonar os adeptos dos "fighting games" na época natalícia e abrir caminho para o tão aguardado Street Fighter X Tekken para 2012? Não me cabe aqui julgar a Capcom pelas decisões internas, apenas julgo que teria sido preferível conceder mais tempo aos produtores para levarem mais longe mudanças estruturais em modos de jogo.

Seja como for, o resultado desta versão é o que temos e vem acompanhado por sentimentos contrastáveis. Por um lado, o reforço dado aos novos lutadores, cenários, equilíbrio da jogabilidade só por si serve de incentivo à sequela e de certeza irão deixar os fãs e adeptos do género com francos motivos para colocar o "stick" em ritmo frenético. A Capcom lançou em DLC apenas duas personagens (Jill Valentine e Shuma-Gorath), que continuam a fazer parte do regime suplementar cobrável, mas esta adição de 12 lutadores vem responder à solicitação dos fãs e será talvez a novidade bandeira do jogo juntamente com o modo "Heroes and Heralds" para o "single" e "multiplayer". Mas por outro lado continuamos algo desconsolados quando vemos que os restantes modos pouco afectados foram. Nem mesmo o "Spectator Mode" que permite ver os confrontos dos adversários enquanto aguardamos pela nossa vez nos servidores on-line elimina a sensação de que poderiam ter posto mais funções para justificar a compra da edição Ultimate, especialmente de quem adquiriu Marvel Vs Capcom 3.

Importa sublinhar que o modo "Heroes and Heralds" ainda não se encontra disponível. A Capcom assegurou o carácter gratuito do DLC pelo que o seu lançamento deverá estar para breve. Os utilizadores que não possuírem a versão Ultimate terão de pagar pelo conteúdo.

Em termos de "gameplay" os produtores voltaram a mexer nos golpes ofensivos e sistema defensivo das personagens de modo a tornar mais equilibrada a correlação de forças entre personagens aparentemente mais fortes. Trata-se de um processo que obedece sempre a um tempo de maturação e que acaba por ser mais seguido pela comunidade "hardcore". Ainda assim, parece-nos que há um fosso de superioridade relativamente a algumas personagens como Wolverine, Dante ou Phoenix, detentores de combinações muito fortes e eficazes. Do lado contrário está por exemplo, Tron Bonne como uma das lutadoras mais fracas.

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E quanto a alterações na jogabilidade ficamo-nos por aí. A Capcom optou por manter a mesma estrutura de combate de Marvel vs Capcom 3, com muitos hyper combos, combos aéreos e como não podia deixar de ser, o X-Factor como versão Marvel 3 do ultra desenvolvido para o SF IV.

Boa resposta nos servidores on-line. Os combates em rede estão bem melhor, com redução significativa do lag e dificuldades na ligação. A inclusão de novos cenários de combate fez-se acompanhar por uma interpretação diferente de alguns deles, o que dá mais de uma dezena de diferentes locais de combate. Embora alguns se mostrem demasiado escuros como a versão redux do antro retirado de "ghouls'n ghosts", há sempre um colorido marcante e uma profusão de cores derivada dos golpes das personagens capaz de proporcionar um resultado final diferente de outros "brawlers".