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Mystery Case Files: The Malgrave Incident - Análise

Como quem tem olho para a coisa.

Não existem limitações no recurso à lupa. Podem aceder à mesma as vezes que pretenderem. É compreensível esta concessão, de outro modo poderia bloquear a progressão na aventura, mas admitimos que poderia ser encontrada uma solução diversa e algo salomónica, de modo a premiar mais ou menos os jogadores consoante tenham identificado mais ou menos objectos.

Uma vez completados estes puzzles através dos quadros, o jogador poderá recuperar alguns objectos que os guarda numa mala para progredir na demanda. Terá assim que os activar em determinados momentos, como dar uso a uma corda para descer até um ponto lateral do cenário ou cortar o cadeado que bloqueia a passagem por um portão. Por vezes alguns desses objectos estão abandonados no cenário pelo que se torna imperativo manter olhar atento sobre qualquer espaço, tocando sobre tudo aquilo que possa exibir um brilho especial. Outras vezes o jogador terá de acumular uma quantidade pré determinada desse misterioso pó púrpura num aparelho muito semelhante ao Wii remote, por forma a despejá-lo numa zona de fim de nível.

A jornada na ilha de Malgrave é longa e até às suas entranhas o jogador, que assume a pela de um detective, irá passar por uma grande variedade de localizações, interagindo com aparelhos e algumas máquinas construídas por um homem chamado Winston Malgrave. Este fora, em tempos, um turista dessa ilha, que até ela se deslocou, como muitas outras pessoas, à procura dos efeitos curativos que resultavam das águas interiores. Ergueu instalações a suas expensas tendo em vista as propriedades especiais daquela água, mas algo correu mal e cumpre-nos descobrir o mistério.

A ilha de Malgrave é um espaço detalhado e desmultiplicado em pequenas secções que acomodam pontos de relevo. O jogador irá coleccionar fotografias que ficam imediatamente salvaguardadas num livro de registo para consulta futura. Haverá também um mapa da ilha com todas as localizações que tenham já explorado, permitindo a transição entre pontos sem necessidade de fazer todo o percurso recorrendo às linhas de orientação.

Uma particularidade interessante do jogo tem que ver com a possibilidade de juntar até um máximo de quatro pessoas. Várias cabeças a pensar pode ser o que falta para descobrir mais depressa objectos escondidos. Neste segmento a única dificuldade pode resultar da inscrição em inglês dos objectos requeridos, podendo implicar algumas entraves para quem não for muito fluente na língua inglesa.

Feitos a pensar para uma reunião de grupo, há outros modos de jogo que fomentam a competição. No contra-relógio o jogador mais lesto a descobrir o objecto pretendido ganhará aos demais. Já o modo Tick Tick Pick propõe que haja uma bomba-relógio que vai passando de jogador em jogador de cada vez que um deles identifica o objecto dentro de um tempo limite, até rebentar com o jogador que não for capaz de acertar no tempo limite.

The Malgrave Incident é uma boa oportunidade para experimentar um género que tem estado algo ausente nas plataformas domésticas da actual geração. Não será um jogo inovador ou largo na forma como cria os puzzles, situando-se claramente uns furos abaixo de outras propostas para a portátil da Nintendo. O mecanismo de resolução é simples e assenta sobretudo numa observação atenta do cenário e dos quadros de imagens. Contudo é sempre uma experiência mais tranquila que pode ser partilhada com mais jogadores.

7 / 10

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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