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FIFA 12

O melhor ataque começa pela defesa.

No final de Maio fomos a Madrid descortinar um pouco sobre o Fifa para a temporada. Ficámos conscientes das promessas e do empenho dos produtores em proporcionar mais uma grande evolução. Agora que chegamos ao momento derradeiro vamos verificar em que ponto está o jogo. David Rutter é talvez o rosto mais visível de um grupo de engenhosos programadores sediados no Canadá. Todos os anos eles escutam os fãs, perguntam aos críticos sobre o que pode ser melhorado e trabalham para melhorar a cena futebolística virtual com cunho EA Sports. O objetivo é melhorar constantemente o simulador de futebol, mexendo em aspetos que parecem ter chegado ao fim da linha. Não surpreende quando lhes perguntam por quanto mais tempo serão capazes de manter FIFA como um jogo fresco, com novas ideias e que ao mesmo tempo consiga renovar a admiração dos fãs.

De cada vez que é confrontado com estas questões, Rutter revela otimismo quanto ao futuro da série, respondendo de uma forma enérgica. Que é possível mudar muitos aspetos e tornar a experiência mais dinâmica, divertida e viciante, sem perder o rumo e as características que fizeram do jogo uma marca de confiança desde 2009. De largo jogo arcade, FIFA transformou-se na última metade de década num verdadeiro simulador, aproximando-se cada vez mais do futebol que passa na televisão, com comportamentos mais realistas dos jogadores com e sem bola, num futebol rendilhado e apaixonante.

Fifa 12 com bastantes novidades

Rooney é o espelho da agressividade e eficácia junto da baliza.

Para este ano, Rutter quis avançar ainda mais e falou-nos sobre uma mudança enorme no Fifa. O objetivo era chegar a um ponto onde a diferença entre a versão anterior e atual fosse mais longe e se posicionasse como um modelo definitivo, sem fraturar e provocar uma separação entre os adeptos das versões anteriores. Os fãs pedem sempre mais, querem um melhor controlo da bola e um comportamento dos jogadores mais plausível e realista, com todas as nuances que podem causar alterações no desenrolar de cada jogada. Pequenos toques e embates contra os adversários, as lesões, o eixo-defensivo que cede por uma entrada fora do tempo ou por um "tackle" falhado. São muitas contingências que podem provocar mudanças com reflexos na alteração do resultado, especialmente quando as equipas encaixam entre si e os jogadores tendem a tapar todos os espaços.

Distam assim os tempos em que FIFA assumia preponderância pelo volume de equipas e campeonatos licenciados. Claro que essa continua a ser uma mais-valia, um ponto de grande persuasão dos fãs, dada a profusão de campeonatos existentes e de seleções, numa das mais importantes combinações de clubes e seleções totalmente oficiais, sem olvidar a grande quantidade de estádios. Embora com a falha dos grandes estádios portugueses.

Contudo, o mais importante sobre as alterações para este ano está no "gameplay" e no coração do jogo, onde as principais novidades ditarão uma transformação na forma de encarar cada jogo em Fifa 12. Desde o reforço da inteligência artificial através do sistema pro-player, passando pela melhoria dos dribbles - muito mais precisos -, pelo sistema de impacto Impact Engine até ao novo esquema de comando defensivo (tático), são várias as alterações distribuídas por diferentes pontos da jogabilidade e que uma vez combinadas entre si resultam numa experiência mais atractiva e realista. A ênfase em aspetos subtis como a marcação do adversário, o choque corporal na aproximação ao corpo e à bola, terá diferentes desfechos e pode suceder que o jogador falhe mais vezes já que pequenas decisões como o timming no desarme ao adversário ou uma entrada de pés juntos para corte de bola, se tomadas de forma precipitada, podem acabar numa clamorosa falha, deixando o adversário isolado em direção à baliza.

Não sendo isso suficiente, Rutter e sua equipa introduziram novidades no modo carreira - um dos modos de jogo religiosamente seguido pelos fãs -, no Ultimate Team, assim como o novoEA Sports Football Club, que parte de uma fórmula de apoio a um clube com uma solução de possibilidades mais abrangente, dependente do número de fãs e dos pontos de experiência atingidos diariamente sendo este um dos aspetos determinantes da evolução do clube. Estendendo-se a vários modos de jogo é possível somar mais pontos de evolução a partir de um jogo amigável ou de objetivos alcançados regularmente na reedição de jogos clássicos. Mas lá iremos.

A festa do futebol

Muitos jogadores darão grandes tombos.

Em termos visuais as alterações não são tão visíveis numa primeira observação. Fifa pautou-se desde a versão 09 por uma boa física de jogo e fluidez e tudo isso está assegurado, mas como as anteriores versões já se destacaram por um bom cuidado nos modelos dos jogadores e na construção dos estádios repletos de público, não é nesta edição que irão encontrar um grande salto. Apesar de ser menos visível, alguns jogadores foram objeto de melhor tratamento visual, exibindo agora um aspeto mais humano, com rostos mais verdadeiros. Isto elimina algum do efeito "cartoon" ou cera que foi tónico nas recentes edições. Até nas camisolas se notam detalhes como as zonas com rede para facilitar a transpiração.

Nos estádios continua a plena animação nas bancadas, com público geralmente de pé, muitas bandeiras e toda a festa envolvente proporcionada pelos cânticos de apoio às equipas. Nos jogos disputados entre equipas brasileiras é particularmente notória essa adesão à festividade com bombos e outros ritmos mais acalorados, próprios dos latinos. Tudo isso é vibração suplementar que se transmite particularmente para a equipa que joga em casa.

Em alguns estádios será possível jogar sob diferentes condições climatéricas e a horas diferentes do dia, desde manhã, tarde, fim-de-tarde e noite. Com chuva e neve como condições adicionais, o estado do relvado é uma condição variável que afeta a movimentação dos jogadores, especialmente se ativarem a opção que prevê uma alteração do terreno à medida que o jogo evolui. Nas imediações do relvado destaca-se a presença dos apanha bolas (embora estes permaneçam imóveis) e de alguns elementos relativos à transmissão televisiva e radiofónica como os microfones próximos da baliza.

Visualmente Fifa 12 é impressionante. Não acrescenta grandes alterações para o que se viu na época passada, mas há um significativo reforço na modelação dos jogadores e nas suas diferentes estruturas o que contribui para gerar um aspeto muito agradável, realista e limpo. A fluidez nas jogadas é outro ponto forte, o que é suficiente para reforçar o "gameplay", mesmo com a velocidade do jogo aumentada, se assim preferirem. Há também algumas alterações concernentes à câmara de jogo, podendo ativar a opção que gera um acompanhamento como se fosse transmissão televisiva

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FIFA 12

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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