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Dead Island

Morte e horror em pleno Éden.

Inicialmente nem percebi bem porque raio no meio das sequências cinemáticas me apareciam o resto das personagens iniciais, quando aparentemente nem existe qualquer ligação entre elas. Só depois descobri que isso acontece baseado na possibilidade de jogar em cooperativo, o que faz com que ao jogarem sozinhos aconteçam certas inconsistências. As personagens com quem interagem falam com o jogador utilizando expressões como "vocês", "amigos" e por aí fora. Existe até a possibilidade de escolher se querem ter um jogo visível para jogar em cooperativo ou não, mas isso não vai fazer qualquer diferença.

É claro que este sistema pretende apoiar a vertente cooperativa do jogo que, na realidade, é uma das bases da aventura. Sempre que estiverem a jogar sozinhos serão informados acerca de pessoal que esteja numa zona perto da vossa, de forma a jogarem num grupo com até 4 jogadores. A funcionalidade está bem inserida e o jogo online decorre normalmente com a mesma qualidade que quando jogam sozinhos. Com amigos será certamente um pagode. Ao jogarem na companhia de outros, o nível dos inimigos será balanceado consoante a média dos vários jogadores, de forma a manter o jogo desafiante.

O tão badalado trailer cinemático.

O enredo de Dead Island não é nada que por si só valha a pena. É geralmente fraco e pouco imaginativo, desenvolvendo-se lentamente em busca de um final que poucas vezes levanta curiosidade. Mas, verdade seja dita, também não é pior do que os enredos de outros títulos que têm feito enorme sucesso ao longo dos últimos anos. O único e verdadeiro problema está na forma de contar esta estória, misturando personagens pouco interessantes, enquanto realizam ações de nobreza improvável.

Mas aquilo que sempre me pareceu mais ridículo foi mesmo o facto de me tratarem por "vocês". Porquê? Estou a jogar o jogo sozinho e quero que continue dessa forma. O mais frustrante é que, por detrás destas parvoíces, existe um jogo divertido, chato por vezes, mas bem estruturado e completo. Uma vez que ultrapassem certas dessas frustrações, poderão descobrir aqui um jogo interessante e com um conceito invulgar.

Serão assim colocados no meio de uma ilha, com uma área enorme e cheia de motivos para a explorar. Em qualquer canto poderão existir sobreviventes para salvar ou com os quais possam realizar trocas, de forma a obter objetos raros em troca de valores tão essências quanto água ou comida enlatada. A diferença é que vocês têm a coragem suficiente para andar pela ilha, enquanto outros se lamentam nos seus abrigos.

Tudo isso faz com que Dead Island se torne mais num jogo de sobrevivência, do que propriamente num de Zombies do século XXI. Isto acaba por criar um ambiente interessante. Existem missões variadas, opcionais, em cada canto, que retratam uma realidade na qual as pessoas estão de cabeça perdida. Uns querem aproveitar aqueles que podem ser os seus últimos minutos de vida, outros querem salvar familiares ou encontrar abrigo, enquanto outros ainda fazem de rapaz/rapariga de recados, trocando favores por dinheiro, objetos ou armas - esse podes ser tu.

Armas serão naturalmente úteis porque são a base da sobrevivência no jogo, e a jogabilidade só faz dessa uma realidade divertida. Qualquer que seja o tipo de arma a que deem inicialmente importância, estarão perante uma experiência divertida. Pessoalmente, preferi especializar-me em armas de combate corpo-a-corpo, e acabam por ser realmente as mais divertidas. Até porque oferecem uma experiência diferente, numa altura em que qualquer FPS permite utilizar uma Rifle. Seja a partir crânios e esmagar ossos com tacos de basebol ou martelos, até cortar membros com as várias catanas e facas, o jogo ganha muito com esse tipo de jogabilidade.

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Dead Island

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
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Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.

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