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Trinity: Souls of Zill’Oll

Pobres almas.

Trinity: Souls of Zill'Oll é o mais recente trabalho do estúdio Omega Force (cuja fama foi ganha na série Dynasty Warriors)e se existe elogio que lhe possa ser dado, vai ser já de imediato dado: Trinity (vamos abreviar para tornar mais fácil) é um produto altamente pobre cujas ideias que parecem ter estado na sua génese mereciam melhor realização.

Sim, Trinity é um jogo que parece pegar em elementos aclamados da série Dynasty da Tecmo Koei, principalmente o sistema de combate, e os molda para criar uma experiência possível de ser inserida debaixo de um rótulo RPG mas que ao contrário de nos motivar e envolver, nada mais faz do que pensar que não é a série Dynasty que estagnou mas sim o estúdio que a cria.

Trinity leva-nos para um cenário que nos faz pensar na Europa Medieval mas com um toque de magia à mistura. Criaturas como elfos, e vampiros, partilham o mesmo mundo que os humanos mas não de forma pacífica. Os eventos começam com um rei obcecado com um profecia que ditava que ia morrer às mãos de um descendente seu. Empenhado em evitar essa profecia, decide matar a sua filha ainda grávida para evitar quaisquer possibilidades de esta se cumprir. Pior sorte teve contra o seu filho que defendeu os seus netos até à morte e permitiu que um deles se tornasse num dos personagens principais desta aventura.

Eu sei, custa a acredita mas sim, estes são os personagens principais.

À primeira vista tudo parece muito interessante, especialmente escrito no papel, pois visto a decorrer à nossa frente emoção é tudo o que não tem. Assim como interesse e qualquer capacidade para nos cativar. É provavelmente o maior problema de Trinity, a enorme sensação que deixa ao jogador de lhe faltar alma, essência. Para além da história não ter qualquer interesse, mesmo quando se desenrola, os personagens que nela surgem nada fazem para criar qualquer laço com o jogador e a maioria surge com personalidades desinteressantes. Os que surgem fruto de estereótipos ainda tornam tudo pior.

Após um breve tutorial que nos explica o sistema de combate, o melhor e mais interessante elemento do jogo, senão mesmo o único, constatamos que Trinity é um RPG que nada faz para tentar evoluir o género, colando-se a fórmulas que noutros seriam consideradas clássicas mas que aqui parecem fruto de trabalho preguiçoso. Os eventos que não contados em forma de sequências CG são feitos através de imagens paradas com texto a acompanhar. Algo arcaico e pouco atractivo nos dias de hoje, sem ter em conta o desinteresse de tudo o que vai surgindo para o jogador ler.

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Sobre o Autor
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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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