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Exclusivo: Blizzard sobre mods oficiais

Tony Hsu fala do que esperar e o futuro.

Lançado em meados do ano passado e com mais de 4 milhões de unidades vendidas, StarCraft II: Wings of Liberty é uma das maiores sensações da actualidade nos videojogos para PC. Todo o talento da Blizzard Entertainment pode ser apreciado ao longo da nossa análise de 9/10 na qual o jogo é altamente elogiado e recomendado aos fãs do género. Esta pérola exclusiva para os jogadores PC ofereceu várias melhorias sobre original e entre elas uma das que reuniu maior destaque foi o Editor que permitia um vasto leque de possibilidades. O que poderia à primeira vista parecer um "simples" RTS, nas mãos da comunidade cedo se tornou numa poderosa ferramenta de criatividade dentro de um jogo os mais adeptos da criação conseguiram criar experiências de outros géneros e actualmente existe toda uma comunidade dedicada às modificações e à exploração das ferramentas que a Blizzard disponibilizou.

Nos dias de hoje os maiores furores são mesmo os três mods oficiais que a Blizzard anunciou e que já oferece aos jogadores numa versão de teste. Mais do que oferecer conteúdos dentro do tradicional no género de estratégia em tempo real, o estúdio deu largas à imaginação e à inspiração, mostrando porque é líder, e criou três mods que nos levam para experiências bem diferentes e que nos mostram a riqueza e variedade que se pode obter. Afinal de contas, como nos disse Tony Hsu, o produtor de StarCraft II, em entrevista exclusiva à Eurogamer Portugal, estas são as próprias ferramentas que a equipa usou para criar o jogo e toda a equipa está empenhada em dinamizar o produto base e a levar a imaginação até onde for possível, especialmente porque a ideia foi exactamente essa quando ofereceram as ferramentas à comunidade, ver até que ponto tudo poderia florescer.

Começamos a entrevista precisamente por aí, pela perspectiva do estúdio sobre como a comunidade está a encarar o jogo e como tem assistido ao crescer da mesma ao longo destes cerca de oito meses. Hsu revelou que o estúdio está muito contente pois o intuito foi esse, dar as ferramentas à comunidade para ver o que iria criar. Existem já mods que levam StarCraft II para outros géneros e o novo editor Galaxy vem para premiar ainda mais a comunidade que tanto se tem dedicado ao jogo e à criação de conteúdos para outros jogadores. As criações são tantas que chega quase a ser impossível ver todos os espantosos feitos da comunidade e questionado sobre mods que nos davam batalhas ao estilo de Final Fantasy, Hsu mostrou o seu bom humor referindo a utilidade do YouTube e como este nos mostra coisas fascinantes.

No entanto a controvérsia em redor do mod World of Starcraft já revelou uma outra postura por parte do estúdio e Hsu confessou que estão atentos a conteúdos que possam ser considerados mais sensíveis e que a recriação de outras séries dentro do jogo, quer sejam da própria Blizzard ou de outras companhias, é algo que tem que ser sempre encarado com seriedade. O uso desapropriado das suas ferramentas pode despoletar problemas que não são de forma alguma desejados e tudo deve ser feito com conta, peso e medida. Aqui, tal como ao longo de toda a entrevista, Hsu salientou e reforçou que tudo em redor foi elaborado com a premissa base principal de permitir à comunidade se expressar. É isso mesmo que o estúdio pretende.

Igualmente a pensar em tal, a Blizzard incluiu uma espécie de sistema de auto-moderação com o qual a comunidade pode assinalar mods e novos conteúdos disponibilizados. Quer seja para os elogiar ou para os criticar e até marcar para serem retirados, a comunidade pode reger-se a si mesma e Hsu diz que essa é uma forma muito prática de dar forma às experiências dos jogadores.

Uma das mensagens mais importantes que Hsu foi passando ao longo da entrevista foi o reforçar de que estas são as ferramentas que o próprio estúdio usou para criar o jogo e a comunidade pode esperar uma postura activa no que diz respeito a melhorias e novidades sobre o novo editor Galaxy. Esta é uma ferramenta que Hsu considera muito poderosa e que espera que o feedback da comunidade os possa ajudar a ir mais além. O estúdio encara StarCraft II como algo vivo (no sentido de uma continuada procura por melhorias), em crescimento e para simplificarem os processos de aprendizagem inseriram mesmo tutoriais para ajudar quem mais precisa a usar as ferramentas que com as quais os próprios designers trabalharam.

Antes de passarmos para os três costume maps propriamente ditos, abordamos a questão do aguardado marketplace no qual a comunidade poderia vender as suas criações. Hsu não adiantou muito mais, mas confirmou que estão em desenvolvimento, assim como o DOTA, mas são novidades que vão chegar mais tarde pois estão a ser tratadas com enorme cuidado e o estúdio quer fazer as coisas como deve ser. Sem precipitações e sem erros que possam prejudicar a comunidade e a sua actividade.

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StarCraft II: Wings Of Liberty

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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