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As Desilusões do Ano 2010

Para o que te havia de dar.

Depois das nossas Surpresas do Ano 2010, temos agora nesta época de balanço um novo artigo motivado pelos jogos que não nos deixaram um sabor assim tão doce na boca. São os jogos que em antecipação se apresentavam como experiências altamente entusiasmantes mas que por um ou outro motivo simplesmente não conseguiram estar a par das exigências, e algumas delas nem eram assim tão grandes. Outros casos desiludiram porque os seus estúdios e companhias enveredaram por uma nova direcção modificando radicalmente sobre o(s) anteriore(s) jogo(s) da série e de certa forma podemos até dizer estragaram o que de bom tinha sido feito. Alguns assumiam-se como alternativas viáveis a figuras de proa nos seus respectivos géneros mas cujas desmedidas ambições resultaram num produto desenquadrado com a realidade, mais parecendo um produto nascido sem ambição.

Nas alturas que antecediam os seus lançamentos, cada um tinha imenso potencial e longe estávamos nós de conseguir distinguir entre um dado adquirido, uma surpresa, um potencial sleeper hit ou até uma desgraça. Agora, vários meses após os seus lançamentos, depois de passarem algum tempo connosco, ou não, depois das reacções dos fãs e da imprensa no geral, é mais do que certo que alguns jogos desempenharam prestações bem abaixo do que lhes estava estipulado. Uns ganharam notoriedade durante o desenvolvimento pela promoção por parte do estúdio/editora, outros ganharam notoriedade por serem mais um capítulo numa célebre série e outros simplesmente tentaram conquistar o seu espaço num género reconhecido e aclamado. Sem mais demora, eis que começamos a apresentar os jogos que mais abaixo ficaram das nossas expectativas.

Muito prometeu e pouco ofereceu. Pelo caminho ainda se esqueceu de corrigir os erros do primeiro.

Se The Force Unleashed foi um dos mais gritantes casos de um épico falhado nos últimos anos, longe estaríamos de acreditar que a LucasArts o iria voltar a fazer pela segunda vez com Star Wars: The Force Unleashed II a tal ponto que ainda adiciona insulto à injúria. Os problemas que afectavam o primeiro e evitaram que se tornasse em algo mais no seu género do que uma banal e desaconselhável experiência, eram por demais evidentes e as contas eram fáceis de fazer: apostar numa história ainda mais envolvente, melhorar as mecânicas de jogo, limar a jogabilidade e criar desafios variáveis que se sentissem frescos sempre com o uso fascinante dos poderes da força. O que a LucasArts conseguiu oferecer é uma espécie de resultado misto que corrige alguns problemas, melhora e muda sobre outros mas que apesar de tudo ainda acrescenta outros criando um resultado também ele bem abaixo do esperado.

The Force Unleashed é um experiência altamente repetitiva, monótona quase, com momentos que aspiram a grandiosidade mas que se ficam pelo satisfatório e ainda uma incrível linearidade que não o favorece e nem sequer foi disfarçada. Em cima disto temos ainda que acrescentar uma longevidade extremamente curta que faz com que nem a qualidade nem a quantidade consigam ser argumentos seus. De toda a equipa o Jorge Loureiro foi que mais aguardava pelo jogo e quem mais depositava esperanças no trabalho da LucasArts. Na sua análise de 7/10 começou por mencionar uma história que não conseguia com tão bom efeito fazer-se sentir como parte de toda a trama que vimos no cinema. As novas habilidades de Starkiller, que agora surgia a envergar dois sabres de luz e mais poderoso, patrocinadas pela força eram o único toque de novidade num jogo que em muito parecia igual ao primeiro.

"É impossível não dizer que Force Unleashed II desilude mesmo aqueles que gostaram do primeiro jogo, não por ser um mau jogo, porque não o é, mas porque vê-se claramente que podia ter sido muito mais. A potencialidade deste título era imensa, podia ter alcançado coisas que o primeiro não alcançou, infelizmente não fez nada disso, chega ao ponto de cometer erros anteriormente cometidos." Desta forma Loureiro resumia a sua experiência e demonstrava como ficou desiludido com um jogo para o qual tinha grandes expectativas. Depois do que sucedeu com o primeiro seria de esperar melhor empenho para lá de um reforço do tom cinematográfico e de visuais melhorados.

Demasiado parecido com a sua fonte para o seu próprio gosto.

Outra das grandes desilusões de Loureiro durante o actual ano foi Dante's Inferno, outro jogo ao qual atribuiu a mesma nota nota 7/10. O jogo que parecia querer arrecadar para si uma parte do espaço ocupado por God of War, mas com uma condição especial de ser multi-plataformas, Dante's Inferno entusiasmou os fãs dos jogos de acção durante o período que antecedia o seu lançamento. A demonstração lançada aguçou a curiosidade dos adeptos e o início do ano parecia grandioso. A jornada pelos nove círculos do inferno da Electronic Arts apresentava uma especial atenção no prazer de jogar e com uma jogabilidade a 60FPS, tal era um dado adquirido.

No entanto, o aparato visual não conseguiu a mesma imponência que God of War III viria a conseguir e o grande problema apontado por Loureiro foi mesmo a falta de personalidade desta nova experiência. Demasiado reminiscente do jogo da Sony e com um esquema altamente repetitivo. A falta de originalidade e a necessidade de momentos mais épicos parecem ter ditado que Dante's Inferno não estaria à altura do esperado e mais do que se afirmar como um produto incontornável, esta novo título da EA mais parece ter dito que existe espaço para regressar no futuro, desde que venha com as devidas melhorias e com um carácter mais próprio e atractivo.

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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