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Call of Duty: Black Ops

Uma guerra de medos.

Podemos contar com o aparecimento de figuras políticas como o líder Cubano Fidel Castro, recreado fielmente, JF Kennedy e Robert McNamara. O enredo não se priva em colocar estas personagens em confronto, mostrado um ambiente de "guerrilha" psicológica para com os seus subordinados. Algumas cenas irão certamente fazer correr alguma tinta, ao mesmo tempo que elevarão a controvérsia. O interessante é que cada vez mais, neste aspecto, os jogos parecem ser uma arma cultural ou política na mãos de toda a gente, como o cinema já o é por muitas décadas.

A história de Call of Duty: Black Ops, não se resume a uma única linha de ligação, mas vai saltando de ambiente e de personagem, conforme os jogos anteriores. Mas algo que me agradou, é que em grande parte do jogo iremos ser Alex Mason, e o seu cérebro todo queimado pelos diversos acontecimentos e lavagem cerebral. O jogo transporta-nos para dentro da mente de Alex Mason, que está numa sala de tortura a ser interrogado por alguém desconhecido, que constantemente lhe pergunta sobre os número, o que significam os números. Faz-me lembrar o presente que a Activision deixou em todas as redacções de videojogos de todo o mundo, conforme noticiamos, sem sabermos o que significava.

Mason está num processo de recuperação mental, os tempos em Vorkuta não foram os melhores, mas isso terão que ser vocês a descobrir. Em suma, estamos a falar de um jogo que nos dá uma grande variedade de jogabilidade. Iremos pilotar helicópteros, conduzir motos, barcos e até um avião, neste último nada de interessante. A julgar pelo aparato, pensei que iríamos poder voar em formato de ataque directo, como por exemplo com o helicóptero. Mas se olharmos de outra perspectiva, este novo Call of Duty tem muitas mais situações de ataques furtivos.

Um pequeno vislumbre de 15 minutos

Graficamente o jogo em certas alturas consegue surpreender, principalmente pelo tamanho aparato de certas cenas. Devido à variedade de ambientes, nunca chegámos à situação de ficar fartos de combater em certas zonas. Mas pessoalmente acho que o jogo é rei no Vietname, chegando a criar aquele efeito claustrofóbico. Uma das cenas que surpreende é um ataque de barco, durante a noite, com a música dos The Rolling Stones - Sympathy For The Devil. Julgo que neste momento o jogo merecia uma jogabilidade a condizer, pois estraga em muito a experiência que poderia proporcionar.

Este contexto do Vietname poderá dividir opiniões. Uns poderão dizer que é cópia directa dos grandes clássicos da sétima arte, outros poderão dizer que é uma fantástica recriação videojogavel desses mesmos momentos. Chegar a uma base no Vietname ao som das músicas da actualidade, e ver imensos helicópteros a chegar, deixar soldados e partirem, com tudo a correr muito bem, é digno de ser realçado. Isto tudo ao som de Creedence Clearwater Revival: Fortunate Son.

O jogo prima também por uma qualidade sonora fantástica. E quem tiver um bom sistema de som, com pelo menos 5.1, irá tirar total partido dele. Por exemplo no modo multijogador. Algo do tipo, "Hey lá, alguém calcou um vidro atrás de mim. Pum matei-te!". Para criar ainda um maior ambiente, temos os actores que deram a voz às diversas personagens. Este aspecto é muitas vezes deixado de lado pelos críticos, e em Call of Duty: Black Ops, está muito bom, com as participações de Sam Worthington, Ed Harris e Gary Oldman.

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Call of Duty: Black Ops

PS3, Xbox 360, Nintendo Wii, PC, Nintendo DS

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Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.
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