Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Call of Duty: Black Ops

Uma guerra de medos.

Se quiserem saber tudo sobre Call of Duty: Black Ops, saltem para o artigo Call of Duty: Black Ops - Guia completo, truques, dicas, conquistas, troféus.

Nos últimos anos a série Call of Duty tem sido tomada por assalto por dois estúdios, que se têm alternado anualmente na produção do jogo da série. Os estúdios em questão são o Infinity Ward e Treyarch, este último responsável pela entrega anual, Call of Duty: Black Ops. Sendo a série partilhada por dois estúdios diferentes, o quão diferente é o jogo de ano para ano? Ou podemos encarar como sendo sequelas uns dos outros?

Nos últimos jogos, existe algo que separa as duas formas de produzir Call of Duty. Poderão certamente não concordar, mas na minha perspectiva os jogos da Treyarch carregam nos ombros uma componente mais humana, de maior sentimento. Exemplo disso é Call of Duty: Black Ops, que apenas se aproxima do Modern Warfare 2 no seu multijogador, mas que também teve direito a grandes melhorias. Já em Call of Duty: World at War, o jogador era envolvido numa temática onde de acordo com o Vítor, o descreveu como tinha um "ritmo até mais explosivo, visceral, maduro, apoteótico, triunfante, de marcha imparável", em comparação com o então primeiro Modern Warfare.

Assim neste último jogo, a Treyarch pega numa formula já limada, com créditos dados. Pega em personagens já conhecidas e oferece-nos um ambiente mais rico, nesta que é uma sequela directa de Call of Duty: World at War. Uma das personagens que marca presença é o Sargento Russo, Reznov, que terá um papel importante em todo o enredo. Mas embora esteja em linha histórica, este novo jogo aborda um novo conflito, saltando entre diversos ambientes, como Cuba, Laos no Vietname e até Russia. A personagem principal, se assim a podemos denominar, é Alex Mason, um soldado membro dos MACV-SOG. O jogo decorre na década de 60, entre 1961 e 1968, embora haja certas idas ao passado, nomeadamente para contextualização.

Call of Duty: Black Ops consegue dar-nos novamente todo este ambiente. Embora muitos jogadores critiquem a história dos últimos FPS, nomeadamente aqueles que têm como base conflitos bélicos, o certo é que este novo jogo consegue dar-nos uma história bem acima do esperado, surpreendendo muitas vezes pela forma como é contada ou até pela complexidade de linhas de diálogo. Os hábitos de criticismo têm deixado de lado uma crítica mais directa sobre o produto em causa e embora as comparações sejam óbvias com outros jogos, Call of Duty: Black Ops consegue fazer tudo aquilo que se propõe fazer, e tudo faz bem.

É interessante que muitas foram as vezes que senti estar num verdadeiro conflito. Algo que ajuda em muito tudo isto é a forma com que os nossos camaradas interagem connosco, com subtilezas que nos deixam espantados. Dou como exemplo um dos ataques a uma posição Vietnamita, onde meu colega Frank Woods lidera as operações. Numa emboscada a uma casa, todos encostados à parede, eu tento passar à frente, Woods coloca a mão à frente, e olhando para mim, acena com a mão, sem falar, para eu ter calma. Momentos como este, existem por todo o jogo. E na segunda vez que passamos na mesma situação, poderá ser diferente, isto perante o que fizeres.

Um dos aspectos que a série Call of Duty adquire destaque, tem sido pelo factor choque envolvendo conflitos diplomáticos. O já famoso episódio, "Remember, no Russian", em Modern Warfare 2 colocou o jogo nos mais diversos circuitos noticiosos, tendo em consequência aumentado ainda mais a sua fama. Ou bem ou mal, o que interessa é que se fale do jogo, e Call of Duty: Black Ops volta a tocar nesse assunto, embora mais numa perspectiva política.