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The Shoot

Antes mais os diversos tiros.

Com o aproximar do final do ano a Sony tem-se dedicado em parte em enriquecer o portefólio dos jogos dedicados em exclusivo para o PlayStation Move. Nesta segunda fornada após o lançamento chega-nos The Shoot, um shooter com um estilo clássico, mas com algumas particularidades bem interessantes, produzido pelos estúdios Cohort Studios.

Em primeiro lugar, julgo que The Shoot não é um jogo para uma audiência sem hábitos de jogar. Diferente de certos party-games, ou certos jogos onde a simplicidade dos actos consegue abranger uma maior audiência, The Shoot demarca-se por ser um shooter ao bom estilo arcade, onde iremos quase puxar pelos cabelos para cumprirmos com todos os desafios.

Novamente, e como já tem sido hábito em todos os jogos da Sony, algo até demasiado cliché, que nem sei se teremos que continuar com a sua descrição, todo o jogo está no bom português. A dupla João Manzarra e Cláudia Vieira dão voz aos narradores, sendo que Manzarra tem uma participação mais activa, pois é a voz que nos vai dando dicas durante cada nível. Se não prestarem atenção, parece que estamos num Ídolos. Piadas à parte, é um trabalho muito bem conseguido e bem localizado.

Em The Shoot somos um actor de Hollywood, sempre com o gatilho bem afinado, onde teremos que "representar" em diversos palcos/cenas. Ao todo são cinco cenários, começando pelos Westerns e acabando numa invasão de mortos-vivos. Dentro de cada cenário temos níveis, mas sempre na mesma temática, sendo quase antes como cenas de determinado filme. Em termos de quantidade é muito pouco para o que se exige de um jogo na actualidade. O tempo que demorará acabar é outra história. Não pelo tamanho, mas sim dificuldade ou até alguma frustração.

Os cenários estão construídos de forma propositada para dar a ideia que estamos num enorme estúdio de cinema. Os inimigos, animais, não são mais que meros cartões, accionados conforme vamos chegando a eles. Não temos qualquer controlo na direcção que temos que tomar, somos levados automaticamente pelo cenário, apenas temos um limite de tempo para poder disparar para os alvos/inimigos. Podemos também disparar para certas zonas do cenário, como explosivos, portas, ou janelas, criando assim um maior caos e abrir novas potencialidades de facturarmos pontos, como por exemplo abrir uma porta para entrar inimigos. isto é muito importante se queremos cumprir com os objectivos propostos.

Primeiros 15 Minutos

Matar um inimigo e criar caos faz com que o realizador fique super contente. Cair no desagrado do realizador, como falhar muitos tiros, ou matar inocentes, fará com que a nossa reputação baixe, chegando ao ponto mais baixo somos expulsos da cena. Por cada sequência sem falhar tiros, iremos adquirir poderes, onde poderão ser acumulados. Ao todo são três poderes. O primeiro a câmara lenta, muito útil para inimigos rápidos, ou quando existe muita confusão no ecrã. Para o activar teremos que rodar 360º o Move, como que se fosse-mos um cowboy. O segundo é o poder de destruição massiva, e basta disparar para o chão. Por último temos o Rampage, activando por disparar para o ar, e ficámos com uma arma automática, com disparos contínuos.

A aplicação do PlayStation Move está muito bem conseguida. Após a configuração inicial, que poderá ser feita onde estiveres, não sendo obrigado estares mesmo de frente para o ecrã. Diferente de outros shooter on rails, aqui temos munições infinitas, apenas temos que disparar, disparar e disparar. Com o Move podemos também desviar-nos de projecteis como bombas, facas e machados, bastando para isso inclinar para a esquerda e direita. Fiz isto com o próprio corpo, estando sempre com a arma em riste, e funciona muito bem.

Uma das frustrações do jogo decorrem na falta de cuidado na criação dos níveis. Ou seja, temos quatro níveis e temos que completar no somatório total X número de pontos. O jogo é em si difícil, não havendo escolha de dificuldade. Por cada vez que iniciamos um nível não nos é possível reiniciar, sendo que a única alternativa é sair para o menu principal. Começaram mal o primeiro nível e querem começar passados 10 segundos? Terão que ir para o menu inicial. Para além disso, mesmo que façam uma pontuação máximo no primeiro nível dentro de um cenário, e passem para os seguintes, não poderão mais tarde reiniciar nessa mesma posição. Poderão estar meia hora a jogar e ao fim, por poucos pontos, ou por um pequeno erro deitam por terra tudo o que fizera, sendo obrigados a começar tudo de novo. O factor reiniciar poderia minimizar um pouco esta frustração.

Para além do modo Cenário, temos ainda alguns desafios, principalmente os típicos tiro aos pratos. Onde temos apenas algumas hipóteses de falhar, sendo que quanto mais acertar-mos mais pontos e hipóteses temos nos próximos desafios.

The Shoot é um jogo simples na sua base, sendo interessante para algumas horas de jogo, mas não retirando a frustração já mencionada. O jogo é extremamente pequeno, com poucas coisas que nos possam atrair para além do que nos apresenta. O valor de repetição resume-se em podermos completar com mais pontos os mesmos cenários. Graficamente bastante aceitável, e com alguns interessantes pormenores.

5 / 10

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The Shoot

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Sobre o Autor
Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.
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