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R.U.S.E.

Guerra de bastidores.

É também por isso que RUSE dá grande importância às conversas entre o senhor da guerra, que é o jogador, e os demais envolvidos na batalha. Dá um excelente ambiente. Toda o tipo de informações sobre o que acontece em campo ou ajudas poderão ser ouvidas segundo a perspectiva do comandante. É provavelmente das formas mais originais que por ai andam no que diz respeito à explicação do papel do jogador no cenário de combate. A juntar a isto temos ainda a excelente caracterização dos cenários de guerra, com ambientes muito detalhados e som a condizer com o resto da experiência. Problemas gráficos acabam por prende-se somente à grandes dos cenários, que provocam um constante Pop-in ou atraso na apresentação de texturas. Ainda assim, livra-se relativamente bem de quebras de FPS.

Mas como o próprio nome do jogo indica, e tal como se apresenta enquanto experiência revolucionara no mundo dos RTS, RUSE tem uma particularidade assente no jogo de bastidores, ou seja, tudo aquilo que não envolve desbravar metal. RUSEs são todas as cartadas disponíveis em campo que podem ir desde espiar o armamento adversário, criar ataques-surpresa com tanques ou aviões falsos ou aumentar a velocidade das tropas em determinada área, entre muitos outros.

É a parte extra de táctica em jogo, ou seja, a grande cartada para se afirmar enquanto RTS. Com estes RUSEs os jogadores têm que ter um cuidado extra, pois ficam aqui envolvidas uma série de novas possibilidades de combate estratégico. Mas se ao longo da campanha este é meramente mais um dos elementos que dá azo a que certas missões se aproximem daquilo a que chamei inicialmente de campanha-tutorial, por outro lado jogando com amigos ou Online este revela-se o verdadeiro chamariz de RUSE.

Existem assim um total de 6 facções para percorrer, tendo cada uma das quais uma série de veículos e armamento a condizer. Tal vai desde, tanques e aviões, até armas anti-aéreas e outro tipo de protótipos, muitos deles exclusivos a cada facção. Em campo cabe ao jogador perceber e actuar de acordo com as fragilidades e benefícios de cada artilharia. Tudo passa por aí, e é por isso mesmo que a campanha se revela importante – se por um lado perde em genuinidade, por outro consegue oferecer um bom treino ao jogador para abraçar os modos multijogador posteriormente.

Em multijogador é possível realizar partidas amigáveis ou então jogos a sério, para que fiquem validados no Raking Online. Entre várias opções é possível escolher uma facção de entre 6 e ainda a era tecnológica em que desejam combater. Ademais, podem ainda escolher um por entre os mais de 20 cenários de jogo, que são descriminados consoante o tamanho – para 2 ou 4 jogadores. É possível jogar em co-op, seja Online ou até mesmo em missões Offline. Escusado será dizer que a curto prazo RUSE se torna um jogo no qual todo o interesse fica focado no multijogador. Da mesma forma que jogam Online, podem facilmente criar sessões Offline, seja a só ou com amigos.

Em adição existe ainda o modo Operation, que delimita uma série de operações que o jogadores poderá desenvolver de forma a subir a pontuação. Não existindo qualquer tipo de linearidade, a batalha segue o ritmo que o jogador lhe quer dar. Pontos extra são dados consoante o tempo em que terminam a missão, as unidades que conservam ou os inimigos que matam. Estas missões são desenvolvidas contra um ou vários batalhões, sendo esse um ponto extra de dificuldade. O jogo conta ainda com uma RUSOPEDIA que explica os mais vários dados sobre o armamento e batalhões apresentados no jogo, bem como um perfil detalhado que segue todos os dados e feitos do jogador.

No final o que RUSE tem de melhor para oferecer é uma série de ferramentas promissoras para uma diversão além campanha. O número de cenários disponíveis, bem como a variedade de armamento são incríveis e proporcionadoras de boa diversão. Respondendo à pergunta inicial, é fácil prever que muito disto resulta principalmente fora da campanha. A utilização de RUSEs e Decoys é algo que faz todo o sentido ao jogar com inimigos reais – leia-se pessoas – mas que se revela pouco importante ao longo da campanha. Aparte das muitas ideias originais aqui presentes, RUSE parece um jogo preso a uma campanha que, não sendo má, parece ter alguns problema a nível de direcção. O multijogador é outro mundo.

7 / 10

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R.U.S.E.

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
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Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.

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