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Starcraft II

"I shall be the man to kill you!" Um dia talvez...

Todo o tipo de estatísticas do nosso desempenho são registadas, e vamos progredindo nas classificações progressivamente. No que diz respeito ao jogo em si, a experiência multi-jogador é totalmente diferente da encontrada na campanha. Aqui – além de estarem disponíveis as três raças –cada raça apenas tem pouco mais de uma dezena unidades para escolher, cada uma com funções e potencialidades bem-definidas.

Exige-se uma compreensão das características próprias da raça com que estamos a jogar e também das unidades específicas a ela. Acima de tudo, floresce a noção de que cada raça é principalmente apropriada para um estilo de jogo, mas ao mesmo tempo versátil o suficiente para outras abordagens. Um claro reflexo do equilíbrio que pontua toda a experiência.

Continua a existir uma forte componente de memorização da ordem pela qual se constrói as coisas de forma a maximizar a eficiência dos recursos colhidos; mas ultrapassada essa barreira, uma junção de reflexos e capacidade de pensar rápido para reagir às ameaças engendradas pelo oponente são as qualidades essenciais para sair triunfante de uma batalha.

O editor de mapas reflecte a versatilidade do motor de jogo de Starcraft II. Além de permitir a construção de mapas, o editor abre a possibilidade de alterar todo o tipo de parâmetros, como a câmara ou os menus. Já se começam a ver os primeiros projectos que utilizam apenas esta ferramenta para produzir shooters em 2d, jogos de aventura com câmara na terceira pessoa, ou mesmo jogos de corrida e rpgs. A versatilidade está lá, e a introdução eventual do Marketplace (onde os jogadores poderão disponibilizar estes conteúdos por um preço) apenas realça o valor acrescentado das potencialidades deste editor.

Cumprir objectivos secundários desbloqueia várias inovações tecnológicas, sendo o jogador forçado a escolher um de dois melhoramentos por cada patamar.

Convém referir que os achievements do jogo exigem uma ligação constante do computador à internet. É possível jogar o jogo offline, mas fica sempre a sensação que estamos a passar ao lado de várias coisas. Esta decisão pode até ter tido alguns fundamentos válidos, mas não se entende porque não é por exemplo possível ganhar os achievements offline e depois receber reconhecimento disso mesmo quando se ligar o jogo à internet. No mesmo registo, a ausência de um modo LAN é complicado de explicar, ficando a nota de que qualquer interacção online tem de ser feita através da plataforma Battle.net.

Starcraft II não só pega nas características essenciais que tornaram o primeiro jogo da franquia num sucesso como lhes junta valores de produção elevados que transmitem uma forte componente cinematográfica a toda a experiência. A concepção de todo o produto como a primeira parte de uma trilogia levanta algumas objecções a certos pontos da narrativa, mas a aposta na variedade e na constante introdução de novidades asseguram que o jogo consegue manter o seu apelo ao longo das dezenas de horas de duração da campanha. Juntando-se a isto o zelo com que a Blizzard abordou a questão do multi-jogador - disponibilizando as ferramentas para que qualquer pessoa consiga realmente usufruir deste - e a qualidade inegável da experiência, Starcraft II apresenta-se como um produto que merece a atenção de qualquer interessado no género.

9 / 10

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